43% das escolas de Curitiba trabalha com falta de inspetores

Em Curitiba, 43% das escolas
municipais trabalham com falta de auxiliares de serviços escolares. Esse é um
dos dados preocupantes divulgados pela Prefeitura na última sexta-feira (3). Os
documentos apontam também a falta de mais de 160 trabalhadores, sendo que 19
unidades funcionam com menos na metade do quadro de trabalhadores.
Esse número
de profissionais é ainda maior considerando a falta de professores na rede.

A falta de auxiliares é um
problema que tem se arrastado nas escolas desde o ano passado. Diante da
situação crítica na época, os sindicatos SISMUC e SISMMAC solicitaram à
Prefeitura, em julho de 2019, dados oficiais sobre o quadro de profissionais
nas unidades de ensino de Curitiba. No entanto, nunca houve uma resposta.
Somente agora, atendendo ao pedido da vereadora Maria Letícia, a gestão
forneceu os dados.

Vale lembrar que os cálculos da prefeitura são feitos
considerando o dimensionamento de um profissional a cada 150 alunos, que se
trata de um número bastante elevado em relação a atenção necessária que os
inspetores devem dar às crianças. A reivindicação da categoria, nunca atendida
pela administração, e de 90 alunos por profissional.

Você pode conferir os
documentos no box ao lado.


DESCASO


A resposta da Prefeitura em
relação à falta de trabalhadores evidencia ainda mais o descaso da gestão Greca
com as condições de trabalho e qualidade de ensino. De acordo com o documento
enviado pela administração, a Secretaria Municipal de Educação (SME) autorizou
a execução de horas extras para que os servidores atendam à demanda.
Isso é um
absurdo! A verdadeira solução é a realização de concursos públicos para a Prefeitura
garantir o número de trabalhadores adequado para cada unidade.

A falta de auxiliares escolares, além
comprometer a qualidade de ensino aos estudantes, causa desvio de função e,
consequentemente, sobrecarga de trabalho.
No CEI Olívio Sabóia, onde ocorreu
uma panfletagem para denunciar a falta de profissionais em março deste ano,
faltam oito profissionais, e quatro desses são cargos de auxiliares de serviços
escolares.

Outro caso crítico é o CEI Professora
Lina Maria Martins Moreira, que enfrenta a falta de cinco profissionais, ou
seja, 83% do quadro de auxiliares de serviços escolares. Atualmente nessa
unidade, um auxiliar sozinho realiza o trabalho de seis profissionais.

Toda essa situação é consequência
da postura que o desprefeito Rafael Greca assumiu de tratar as unidades
escolares como depósito de crianças, sem ter a educação como prioridade na
gestão.

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