No final de semana a
revista semanal impressa Gazeta do Povo, publicou a
reportagem “Estamos preparados?” relatando a falta de
equipamentos de proteção individual (EPIs) para os profissionais da
área de saúde que estão na linha de frente no combate e prevenção
ao Coronavírus. O SISMUC já vem denunciando a falta de EPIs para
servidores públicos da saúde, da assistência social, serviço
funerário e demais servidores municipais desde o início dos
primeiros casos da Covid-19 em Curitiba.
Em reuniões com o Sindicato, a Prefeitura se responsabilizou em comprar EPIs, mas ainda existem locais que não estão recebendo os equipamentos em volume suficiente. A falta de proteção já motivou representação junto ao Ministério Público, afinal, é a principal demanda dos trabalhadores da saúde e da assistência social que têm o direito à proteção coletiva e individual para exercer seu trabalho no combate ao Coronavírus.
A Prefeitura
publicou decreto estabelecendo as medidas para compra de EPIs, porém
a lista não contemplou itens como aventais e macacões
impermeáveis, que estão entre as reivindicações do sindicato.
É
importante destacar que além de garantir os EPIs, a gestão precisa
oferecer treinamento para os servidores sobre os modos correto de
utilização, retirada, desinfecção e descarte de EPIs. Só que até
o momento, as orientações da gestão têm sido escassas, justamente
num momento sério como esse, em que é preciso que os trabalhadores
tenham toda a informação de que precisam para trabalhar com
segurança.
Ainda na reportagem, chamou atenção o trecho onde a superintendente executiva da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Beatriz Nadas, reconhece que faltam EPIs na UPA CIC e diz que vai enviar nos próximos dias. A unidade foi terceirizada pela gestão Greca, e não seria também responsabilidade da Organização Social (OS) contratada garantir a segurança dos trabalhadores?
Só a Associação
Médica Brasileira já recebeu mais de 2.800 denúncias de falta de
EPIs. Temos conhecimento de que faltam EPIs em todo Brasil para
médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, profissionais da
assistência social, entre outros, devido a urgência do momento e a
grande procura, mas não podemos aceitar que a Prefeitura prometa
soluções sem apresentar os equipamentos que são necessários para
os trabalhadores atuarem com segurança neste período de
enfrentamento a pandemia de Coronavírus.