COVID-19: casa de acolhimento da FAS está em situação lastimável

O SISMUC esteve na noite de ontem (25) em uma das casas de
acolhimento da FAS que vive uma situação gravíssima de falta de EPIs, de
materiais de higiene e falta de isolamento de usuários com suspeita ou
diagnosticados com COVID-19.

Conversamos com uma usuária, que tem diagnóstico positivo
para COVID-19 há cinco dias, usando a mesma máscara por todo esse período.
No
mesmo espaço, estão pessoas com suspeita, sem diagnóstico positivo e até mesmo
de grupo de risco, como de idosos. Pela facilidade de contágio da doença, é
fácil imaginar que nos próximos dias a doença se alastre pelo local.

A unidade está em funcionamento desde domingo (22/05), mas
sem estrutura adequada de funcionamento. A equipe conta apenas com um educador
social por plantão, além da chefia, um número muito reduzido para atender a
população dessa gravidade. Eles também não receberam orientação nem treinamento
de como proceder no atendimento dos usuários vítimas do COVID-19.

Os trabalhadores da FAS, juntamente com o SISMUC, cobram diariamente
por melhores condições e, no mínimo, o fornecimento de EPIs, mas a gestão
continua ignorando.
Além de as usuárias estarem usando a mesma máscara há dias,
os servidores também acabam usando a mesma máscara durante todo o plantão de 12
horas, sendo que o ideal seria ter máscara para substituição a cada duas ou três
horas.

A limpeza é outro ponto essencial, já que o ambiente é
altamente infeccioso. Hoje só tem uma funcionária que fica 4 horas por dia no
equipamento, o que não é suficiente para fazer a desinfecção necessária. As roupas
sujas, que também são contaminantes, estão há uma semana esperando que a Prefeitura
tome providências. Há a necessidade de pessoal da limpeza 24 horas por dia no
local para desinfecção dos móveis e banheiros, já que tem várias pessoas na
casa convivendo no mesmo ambiente, e levando em consideração que o vírus fica
vivo nos móveis e maçanetas por oito horas.

Com essa postura, em breve os servidores do local também ficarão
doentes e outros terão que assumir o lugar. Tudo por irresponsabilidade e
descaso do governo.

As usuárias desse espaço, já são pessoas em situação
vulnerável, já que além de estarem em situação de rua, normalmente são usuárias
de drogas e sofrem com a abstinência e até mesmo transtornos mentais. Os
servidores e usuários também não têm segurança no local, a presença da Guarda
Municipal seria muito importante nesse ambiente.

Os próprios os usuários estão revoltados com a estrutura,
que não oferece nenhuma proteção. Sem o isolamento adequado, quem entra com
apenas suspeita, provavelmente sairá com o vírus.
A situação vivenciada é
lastimável e indescritível.

Chega de descaso! Se você servidor está em casa durante a
epidemia, peça para sua família, amigos e nos ajude a denunciar a situação dos
equipamentos da FAS através do (41) 3321-2641 e nas redes sociais do
desprefeito.

Nota de pesar – Lawrence Carvalho Ferreira da Silva

Com profunda tristeza, recebemos a notícia do falecimento do querido servidor público Lawrence Carvalho Ferreira da Silva, aos 44 anos. Lawrence atuava como auxiliar de serviço bucal (ASB) no Centro de Especialidades Odontológicas Sylvio Gevaerd, no Portão. O velório será

Leia mais »