Coronavírus: por que insistimos em não aprender com outros países?

O Brasil é o último grande país,
em proporções territoriais e populacionais, a “contrair” o vírus. Além de contarmos com um sistema de saúde universal, gratuito e com capilaridade nos
municípios brasileiros, tínhamos também todos os exemplos dos demais países
para tomarmos as melhores decisões em relação ao contágio por Covid-19. Mas não
é isso que o governo tem feito.

A região de Wuhan, na China, foi colocada
em quarentena quando o número de casos atingiu 1.300 pessoas. Depois disso, a
China ainda teve mais de 80 mil casos confirmados.

A Coreia do Sul aprendeu rápido
com o exemplo chinês e se antecipou ao vírus, usou a tecnologia a favor da
saúde da população e não mediu esforços para localizar todos os infectados e
mantê-los em isolamento. É importante ressaltar que o país também conta com um
sistema universal de saúde. Com essas medidas, a Coreia não precisou entrar em lockdown,
que é fechamento completo e irrestrito de todo estabelecimento que não é
essencial e a proibição da circulação de pessoas nas ruas.

O governo brasileiro agiu com descaso em relação a
esses exemplos e tem tomado medidas negligentes em relação à população trabalhadora
brasileira.

O Brasil está com número de casos
subestimado porque já deixou de fazer teste em todos que apresentam sintomas. O
ritmo de contágio apresentado no país já está igual ao da Itália e tende a
acelerar nos próximos dias segundo um estudo conduzido pelo Observatório
Covid-19 BR, que reúne pesquisadores de diversas universidades. Segundo o
estudo, número de casos deve passar de três mil já na terça-feira (24).

E o que os governos federal, estadual e municipal estão fazendo? Muito
menos do que realmente podem.

As decisões governamentais podem
definir se o cenário brasileiro vai estar mais próximo da situação da China, que
conseguiu zerar novos contágios no início desta semana, ou da Itália, que já
não possui mais leitos disponíveis e elevou o número de mortos a quase quatro
mil. É hora de cobrar Bolsonaro, Ratinho Jr. e Greca por medidas emergenciais.
E A HORA É AGORA!

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