8 de março – Dia Internacional da Mulher – ao ato organizado pela Frente
Feminista de Curitiba e Região Metropolitana. A “Marcha 8M – As mulheres da
favela exigem paz” vai acontecer no domingo (8), com concentração a partir das
8 horas, no bairro Parolin, e terá atos de denúncia sobre a violência que
atinge as favelas, e sobre o direito a melhores condições de trabalho, educação
e moradia.
Todas e todos estão convidados a
participar do Marcha 8M contra o machismo, o racismo e a opressão de gênero. É com
a força das mulheres que vamos garantir o fim da violência e da exploração e igualdade
plena de direitos, com liberdade de expressão e respeito à autonomia das
mulheres sobre o próprio corpo.
A concentração será na Rua Santa
Zita, em frente ao número 281. Estão previstos ao menos quatro atos durante a
marcha que vai percorrer a região, passando pela Avenida Kennedy e rua Lamenha
Lins, entre outros pontos.
Mulheres na luta
Em Curitiba, as mulheres
representam 80,9% do serviço público, um quadro que reflete a presença feminina
no mercado de trabalho e a responsabilidade cada vez maior que as mulheres
assumiram nos lares, como base de sustento das famílias.
As mulheres ganham em média 22% a
menos do que os homens no Brasil, segundo dados do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e trabalham mais horas todos
os dias por causa do trabalho doméstico. Além disso, pesa sobre a mulher a violência de
gênero e as altas taxas de feminicídio. De acordo com a Secretaria de Segurança
Pública do estado do Paraná, foram 61 feminicídios em 2018 e 89 em 2019. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil já tem
a quinta maior taxa de feminicídios entre 84 nações pesquisadas.
A data surgiu em resposta às
longas jornadas de trabalho e à exploração do trabalho feminino nas fábricas.
Em 1910, a professora e líder política Clara Zetkin sugeriu que a data fosse
instituída como forma de construir, dentro do movimento dos trabalhadores, uma
luta unificada por igualdade de direitos para as mulheres. Foi somente em 1975
que Assembleia Geral das Nações Unidas convidou todos os Estados a declarar 8
de Março como o Dia Internacional dos Direitos da Mulher.
A data é um momento
de manifestação, mas não podemos esquecer que a luta é contínua! Firmes!
Marcha 8M – As mulheres da favela exigem paz
8 de março, domingo
8h – Concentração na Rua Santa Zita 281, no Parolin (em frente ao Residencial Araguai)
9h – 1º Ato – Denuncia da violência que atinge a favela, na Santa Zita, 281 (em frente ao Residencial Araguai)
9h30 – Saída da marcha
2º Ato – A exploração do trabalho, em frente ao Supermercado Extra, na Av. Kennedy
3º Ato – Educação e Moradia, em frente à Escola Municipal Prof.ª Nansyr Cecato Cavichiolo (Rua Francisco Parolin, 930).
4º Ato – Ato final sobre a Paz que queremos e como vamos construir
Com a participação do Bloco Feminista Ela Pode/Ela Vai
12h – Previsão de finalização da marcha
Cultura popular no 8M
Entre os dias 6 de 8 de março, a Associação de Capoeira Angola Dobrada (ACAD Curitiba) promove um encontro em celebração ao Dia da Mulher, tendo a capoeira angola como eixo central. O “Levanta a saia, lá vem a maré” está na oitava edição com uma programação que contempla a prática da capoeira angola e uma mesa de debate sobre a presença da mulher na cultura popular.
A capoeira é uma manifestação da cultura popular afro-brasileira que acompanha a história do país, na qual a mulher começou a conquistar seu espaço a partir da década de 1980. Vamos refletir sobre a conquista deste espaço e o que esperar do futuro.