Descaso de Greca: escolas iniciam ano letivo sem inspetores

O ano letivo foi iniciado na
quarta-feira (12) para alunos e trabalhadores. Mas, antes disso, os servidores que retornaram na semana passada á ficaram sabendo que o desgoverno de Rafael Greca segue torrando
em propaganda e fazendo pouco para melhorar as condições de trabalho em 2020.

Um
dos casos críticos e que se arrasta há algum tempo é o da Escola Municipal
Professora Tereza Matsumoto, na regional do Boqueirão, que conta com apenas
um auxiliar de serviço escolar para fazer o trabalho que deveria ser feito por
sete funcionários.
Há ainda um profissional afastado para tratamento de
saúde desde julho de 2019, sem previsão de retorno.

A
categoria conhecida popularmente por “inspetores” é uma das que mais sofre com
a falta de profissionais. O problema tem se arrastado nas escolas desde o ano
passado. A comunidade escolar se mobilizou e fez uma manifestação em
frente à Escola para denunciar a situação. Só depois disso, a Secretaria
Municipal de Educação (SME) enviou três inspetores para a unidade, mas,
devido à sobrecarga e às condições de trabalho, uma das trabalhadoras ficou
apenas 30 dias e logo pediu remoção.

É obrigação da Prefeitura contratar os
trabalhadores da escola por meio de concursos públicos, porém a gestão Greca
prefere assediar as professoras para que assumam essa função para a qual não
foram contratadas.

O
motivo alegado para isso é absurdo e caracteriza assédio. Sob a justificativa
de que o direito da criança está em primeiro lugar e para fugir da própria
responsabilidade, o governo, por meio das chefias de núcleo, cobra que os
servidores realizem a função independente da sobrecarga de trabalho. O assédio,
por parte da administração, percorre todas as categorias, para as professoras a
cobrança é de que além de dar aulas, elas assumam essa função para tapar
buracos. Já para as inspetoras a falta de profissionais gera sobrecarga de
trabalho, hoje, além de cada inspetor ser responsável por mais de 200 crianças,
a categoria sofre com o desvio de função nas escolas.

Ora, em casos eventuais, a escola
consegue se organizar para garantir o atendimento, mas nesse caso o governo
quer perpetuar o problema desviando as professoras da sua real função,
desrespeitando o direito das crianças em ter todos os profissionais que a
escola precisa.

O dinheiro da população está lá nos
cofres da Prefeitura, Greca só não contrata porque não quer!

Não vamos ser coniventes! Defender
o direito da criança é exigir que a administração oferte todos os profissionais
para escola!

E
esse não é um caso isolado na rede municipal de ensino.
A Escola Municipal CEI Augusto Cesar Sandino, na
regional do Boa Vista, enfrenta um problema muito parecido. Estão previstos
nove auxiliares de serviços escolares para o quadro da unidade, que oferta
educação integral para mais de 500 estudantes, entretanto, há apenas quatro
trabalhadores para a função.
E, desses quatro, apenas um fica na escola no
horário do almoço, pois os outros três precisam fazer o acompanhamento dos
estudantes nos ônibus que retornam para as comunidades.

A
Escola Municipal Adriano Robine, na regional do Portão, deveria contar com
cinco auxiliares de serviços escolares, mas possui apenas um trabalhando na
unidade.

E, com certeza, essa não é uma
particularidade dessas três escolas ou até mesmo dessas regionais. A gestão
do desprefeito Greca mostra, sistematicamente, desde 2017, que a educação das
filhas e filhos dos trabalhadores da cidade não é uma prioridade para este
governo.
Cabe a nós exigir o que é nosso por direito!

Se a sua escola também está com falta
de profissionais converse com seus colegas de trabalho e denuncie para que as
mães e pais possam ajudar a cobrar que o direito a educação pública de
qualidade aos seus filhos seja respeitado. Informe também à direção do SISMMAC,
pelo telefone 3225-6729, e à direção do SISMUC, pelo telefone 3322-2475,
para que possamos ajudar na mobilização. Vaza, Greca!