Desrespeito com pertences da população de rua é mais uma marca do desgoverno Greca

Um
exemplo do higienismo social foi a mudança, sem comunicar os usuários e os
servidores, do guarda-pertences da população em situação de rua do centro da
cidade, para a unidade Plínio Tourinho, no Jardim Botânico. O caso
aconteceu em outubro de 2019 e desde então a situação só piora.

Além da falta de estrutura, os servidores estão trabalhando
sem computador e internet, não conseguindo cadastrar os usuários e realizar
parte do trabalho. Apesar de abrigar pertences de centenas de usuários, a média
de atendimentos diários caiu drasticamente. Quando era localizado no centro da
cidade o guarda-pertences recebia cerca de 80 usuários por dia, hoje são apenas
15.

E,
embora os servidores tenham organizado a unidade da melhor maneira possível, o
desnível que existe no local faz com que o guarda-pertences fique à mercê das
chuvas na cidade. Em caso de enchente, os bens pessoais de todos que
utilizam o local seriam perdidos. 
A
administração tenta negar sua responsabilidade com a população em situação de
rua, deixando o ambiente sem estrutura e segurança adequadas, colocando em
risco os servidores que trabalham no local.

A medida tem um objetivo claro: tirar a população em situação
de rua do centro da cidade e colocar cada vez mais nas periferias, mascarando a
verdadeira situação de Curitiba.
E além de dificultar o acesso da população aos seus próprios pertences,
o desprefeito tem dado ordens claras de recolher os pertences desses moradores
sem a permissão deles.

O desgoverno Greca adora propagandear as supostas melhorias
nos serviços de Curitiba para enganar a população, mas a verdade sempre aparece
e a falta de responsabilidade com os moradores tem ficado cada dia mais clara. Em
2020, não podemos nos tornar cúmplices de uma política que tenta acabar com
pessoas em situação de rua, não podemos deixar que discursos higienistas sejam
espalhados e normalizados, por isso, nas eleições é VAZA GRECA!

Vírus elitista

Se alguém tinha dúvida de que o desprefeito utiliza de uma política segregadora para desmontar cada dia mais a assistência social, em entrevista no início de fevereiro, Greca deixou bem claro o que realmente acha sobre a população em situação de rua. O desprefeito questionou o direito desses moradores manterem seus pertences e ainda relacionou essa parcela da população com epidemias como o corona vírus e a dengue, chegando ao absurdo de dizer que “varrendo e limpando” a população em situação de rua da cidade, a dengue poderia acabar.



Além de demonstrar um enorme desconhecimento sobre o corona vírus, a dengue e outras doenças, o desprefeito propaga desinformação na mídia estimulando preconceitos e colocando a vida da população em situação de rua em risco.



A justiça inclusive teve que intervir para barrar o higienismo de Greca, após denúncias de que a gestão estava retirando os pertences de pessoas em situação de rua – atitude que foi proibida pela justiça, já que viola a dignidade humana.