A luta em defesa da saúde pública em Curitiba
continua! Uma importante vitória foi conquistada neste domingo (5), com a decisão
judicial que suspendeu o processo de contratação de Organizações Sociais aberto
pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Curitiba, bem como a sessão de
recebimento das propostas que ocorreria nesta segunda-feira (6).
O SISMUC e o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná
(SIMEPAR) questionam várias irregularidades no processo desenvolvido pela Prefeitura
de Curitiba, isso porque, de modo geral, a terceirização dos serviços de saúde afeta
a população, os médicos e todos os demais servidores municipais.
O desrespeito ao prazo necessário de publicidade do
edital – em cima do qual a liminar de suspensão foi expedida. Mas, esta é apenas
uma das irregularidades observadas pelos sindicatos na tentativa de impor um
modelo de terceirização da saúde pública, que representa a piora do atendimento
à população, de forma intransigente.
A Prefeitura já afirmou
que vai recorrer da decisão. E por isso, essa é a hora de reforçar nossa
mobilização, afinal, a via jurídica não é nosso único instrumento de luta.
Experiências recentes mostram que só com união e com a
luta organizada é possível defender os serviços públicos. Foi assim que o
fechamento da UPA Pinheirinho foi barrado. Em outubro de 2018, a Prefeitura sinalizou
o fechamento da UPA, que após passar por uma reforma passaria a funcionar como
centro especializado em psiquiatria.
Mas, servidores e a população exigiram que o atendimento
emergencial fosse mantido. A mobilização dos servidores com apoio do sindicato
e da comunidade garantiu a reabertura da UPA Pinheirinho com o retorno das
equipes que já trabalhavam no local e no modelo público, funcionando unicamente
como estabelecimento integrante da rede de saúde de urgência, como funcionava
antes da reforma. Conversamos com a servidora Neusa Gregolin, que relembra como
a união foi capaz de salvar a UPA, confira o vídeo abaixo.
Por isso, é
preciso que a mobilização continue! Não nos calaremos perante o desmonte dos
serviços públicos. Não é momento de fechar os serviços de saúde e
sim de ampliá-los!