Como vai ser o Natal dos servidores e da população em Curitiba?

Se na propaganda da Prefeitura o Natal de Luzes em Curitiba
é lindo, por trás disso a realidade para a população é outra. Você já parou
para pensar como será o Natal de quem vive nos bairros periféricos ou de quem
faz parte das estatísticas de desemprego, de contratos de trabalho precarizados
e empobrecimento das famílias brasileiras?

Infelizmente, as festas de fim de ano não serão tão felizes
para boa parte da população, graças a uma conjuntura de ataques à classe
trabalhadora.

Por todo o Brasil, o número de pessoas em situação de
extrema pobreza só vem crescendo desde 2015. Hoje, por todo o país são 13,5
milhões de pessoas sobrevivendo com até R$ 145 por mês! E o número de
desempregados também é alto: 12,6 milhões de pessoas que não conseguem
empregos.

Com isso, o número de pessoas trabalhando em situação de
informalidade para sobreviver bateu recorde. Mas, sem condições de trabalho
adequadas, sem remuneração digna e sem direitos trabalhistas, como o 13º
salário, fica difícil ter uma ceia de natal adequada em família.

Por aqui, o desgoverno Greca contribui com o endividamento
das famílias. O aumento do IPTU/taxa de lixo no ano passado pesou no bolso dos
trabalhadores – não é à toa que hoje existem quase 120 mil imóveis em Curitiba
com dívidas no IPTU de 2019. E para 2020 a gestão já anunciou o aumento do IPTU de 7,27% para imóveis prediais e de 10,27% para os terrenos.

Mesmo sabendo das dificuldades financeiras dos moradores de
Curitiba, em vez de fortalecer as políticas públicas para garantir o atendimento em saúde, educação e
assistência social à população que necessita, só faz tirar cada vez mais
direitos da classe trabalhadora para favorecer os empresários.

Na Fundação de Assistência Social
(FAS), o que o desprefeito provoca é um verdadeiro desmonte. O fechamento de
sete Centros de Referência (CRAS) deixou muitas famílias sem
atendimento e até o número de cestas básicas foi reduzido!

Enquanto isso, a gestão trabalha de forma desenfreada para
entregar a saúde pública nas mãos da iniciativa privada. O exemplo da UPA CIC,
entregue nas mãos de uma Organização Social (OS), só comprova a precarização do
atendimento aos usuários e piora nas condições de trabalho.

Isso
sem contar que os bairros distantes dos turistas estão malcuidados. Há equipamentos
da Prefeitura fechados e sem manutenção, como é o caso de equipamentos da FAS. É um lado da Curitiba abandonada e que não parece ter tanta importância
para o desprefeito, afinal, não aparece na propaganda e está longe dos olhos
dos turistas.

Funcionalismo

Para os servidores, o fim de ano também tem um tom amargo.
Os 3,5% aprovados este ano representam na verdade uma redução salarial – já que
a gestão não repôs a inflação acumulada. Isso sem falar do congelamento dos
planos de carreira por mais dois anos, sem nenhuma garantia de que eles serão
retomados em algum momento.

Além disso, a desumana Reforma da Previdência aprovada
nacionalmente também pode impactar a vida dos servidores, já que a chamada PEC
Paralela – que amplia a Reforma da Previdência para estados e municípios – está
tramitando no congresso e pode
ser aprovada em 2020.

Neste fim de ano, os trabalhadores vão ter que conviver com
convidados indesejados para o natal: desemprego, precarização, incertezas e
inseguranças.

A saída para todos esses problemas é uma só: união e
fortalecimento da luta em 2020. Firmes!