Pier Pietruziello
ocupa o posto de líder do governo municipal na Câmara dos Vereadores. Mas quemjá acompanhou uma votação sabe quea
submissão de Pier às vontades de Greca vai muito além do que é exigido do
posto. Desde que Greca tomou posse, Pier age como um fantoche disposto a
fazer todo o serviço sujo necessário para que os ataques do prefeito sejam
aprovados.
Por causa dessa postura,
Pier ganhou o apelido de fantochinho nos bastidores da Câmara Municipal. Fantoche
é um boneco manipulado por uma pessoa para distrair outras – exatamente da
forma com que atuam alguns ocupantes de cargos públicos. Eleitos pela
população, eles esquecem a quem representam e acabam se tornando fantoches dos
seus aliados políticos.
Enquanto nos portais de
notícias e nas redes sociais ele faz a pose de bom moço, na Câmara Pier faz discursos
raivosos contra qualquer um que critique as ações do desprefeito, ofende e esbraveja
com servidores e até mesmo com seus colegas vereadores quando as vontades do
seu líder são questionadas. Toda vez que Greca tem vontade de aprovar novas
maldades, Pier corre para aprovar o regime de urgência, sem qualquer pudor
de passar por cima da legislação e das normas da Câmara Municipal.
Teatro
de fantoches
O primeiro
ato da marionete de Greca foi durante a aprovação do pacotaço em 2017, quando
para atender à vontade do prefeito e impor maldades ao funcionalismo Pier
aprovou sucessivos regimes de urgência. Isso sem contar a violenta repressão
policial contra os servidores.
Também não
serão esquecidas as continuidades do pacotaço aprovadas no último dia 18, muito
menos a forma com que Pier impôs um regime de urgência e conduziu os vereadores
a votarem um projeto que eles sequer leram, para congelar por mais dois anos as
carreiras, impor redução salarial aos servidores e atacar a organização
sindical.
Os casos
em que o fantochinho usou o espaço de fala para atacar diretamente os
servidores também foram muitos. Em abril deste ano, Pier atacou os servidores,
querendo colocar no funcionalismo a culpa pelos problemas do município. A
declaração de Pier aos professores foi a seguinte:“Vocês deviam estar em
sala de aula, nem sei o que estão fazendo aqui. Porque se estivessem em sala de
aula, se estivessem pedindo menos licença hoje não precisaríamos votar o PSS”, disse.
Outra
ocasião em que a marionete apareceu foi quando Greca atacou os profissionais de
enfermagem em suas redes sociais, afirmando que uma enfermeira só
poderia ficar doente “de tédio ou de tanto descansar”. Para quem não
conhece a realidade da saúde pública, como é o caso de Greca e seu fantoche,
fica muito fácil fazer essas suposições, pois eles ignoram a pressão e a
sobrecarga vivenciadas no local de trabalho.
Cordeirinho
para Greca
Mas, se o fantoche
raivoso aparece quando se trata dos servidores, para Greca, Pier parece mais um
cordeirinho.
Quando os
gastos excessivos do desprefeito Greca com refeições luxuosas foram denunciados
na Câmara, o fantochinho apareceu rapidamente para defender aquilo que não tem
justificativa.
Agora o
fantochinho está fazendo o papel de defensor do desprefeito enquanto ele torra dinheiro
público em asfalto. Durante a sessão do dia 25 de novembro, ele chamou de “nefastas”
as críticas ao gasto excessivo com recapeamento de ruas. Parece que o vereador
não percebe que nefasto mesmo é destruir saúde, educação e assistência social,
serviços essenciais para a população!
De galho em galho
E quanto
será que vale a “lealdade” de Pier? Aparentemente sua amizade pula de prefeito
em prefeito. Na gestão anterior, Pier vivia no gabinete do então prefeito
Fruet. Mas, foi só Rafael Greca se eleger para Pier trocar de amigo.
Hoje, ele
faz de tudo para que todos os projetos propostos por Greca sejam aprovados – de
preferência, sem qualquer tipo de discussão.
Com a marionete de Greca
atuando na Câmara, a divisão entre os poderes executivo e legislativo fica
esquecida. Em vez de cumprir seu papel de fiscalizar a gestão da Prefeitura, a
maioria da Câmara funciona como massa de manobra para que Greca possa fazer com
o dinheiro público de Curitiba o que lhe der vontade.
Vaza, fantochinho!
Mas, os servidores já
mostraram que não caem nos contos da carochinha – muito menos acreditam no
teatro de Pier. O resultado foi que o vereador não conseguiu sua eleição para
deputado em 2018. E, no que depender do funcionalismo de Curitiba, nem sua
cadeira de vereador vai ser mantida para o próximo mandato.
Vaza, Greca, vaza Pier!