Mobilizados, os agentes de combate às endemias (ACEs) se
reuniram em assembleia na sede do SISMUC para deliberar os próximos passos do
movimento que iniciaram no último dia 30 de setembro. Em pouco mais de 10 dias,
desde que retornaram para a atividade nas Regionais, os ACEs já foram vítimas
de assalto, mordidas de animais, estão proibidos de trabalhar em duplas, estão
sofrendo assédio moral e sendo enviados para locais desconhecidos, sem saber
dos riscos, durante o Levantamento de Índice Rápido de Infestação, o chamado
projeto LIRA.
Na segunda-feira, 28 de outubro, os ACEs vão aderir a
paralisação dos servidores municipais! Vamos mostrar que não abrimos mão dos direitos
duramente conquistados e que não aceitaremos que a gestão Greca continue
sucateando saúde, educação, assistência social, cultura e demais direitos
sociais.
Trabalho
Os ACEs retornaram aos locais
de trabalho após 15 dias de greve, porque sabem que é crescente os casos de
dengue em regiões vizinhas à Curitiba e na cidade houve um aumento de 76% nos
registros da doença neste ano em comparação com 2018. Com o
material coletado pelos agentes é calculado o índice de infestação de mosquitos
causadores de doenças como dengue, zika, chikungunya, febre amarela entre
outros, e planejadas as ações de saúde pública.
Diante dos ataques sofridos durante a jornada de trabalho
o que a gestão Greca tem feito? Desvalorizado os ACEs. São pouco mais de 60
agentes para fazer o trabalho em toda Curitiba, sendo que o mínimo necessário
seriam de ao menos 200.
Durante a greve, a gestão não negociou as reivindicações
da categoria, usou as forças de segurança para impedir a entrada no edifício
Laucas e demonstrou não estar preocupada com a qualidade do trabalho feito
pelos agentes de combate às endemias. Inclusive, em alguns momentos, a gestão tem
dado orientações para que as informações sejam coletadas no portão, sem fiscalização
dentro das residências e comércios.
A verdade é que a gestão insiste em fechar os olhos para as
necessidades dos servidores. O que falta é priorizar o serviço público acima de
maçanetas, asfalto e brinquedos de natal!
É urgente valorizar os
trabalhadores que contribuem para saúde pública da cidade!
A união faz a força e por isso os agentes de endemias
continuam firmes! Unidos venceremos!