A proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma da
Previdência vai hoje (22/10) para a etapa final, com a votação em segundo
turno. Se aprovada, o Congresso fará a promulgação da PEC, quando não é mais
possível alterar o texto, só é possível retirar trechos do texto por meio dos
destaques.
Com a aprovação dessa reforma desumana, todos os
trabalhadores saem prejudicados – enquanto os verdadeiros privilégios são mantidos. A PEC da reforma fixa a idade mínima de
aposentaria de 65 anos para homens e 62 para mulheres e estabelece regras de
transição para quem está no mercado de trabalho. Há ainda a redução no valor da
aposentadoria, já que o cálculo passa a considerar a média de todos os
salários, sem possibilidade de descontar os mais baixos.
O governo coloca esse ataque aos trabalhadores como pauta
prioritária e tem usado a política do “toma lá, dá cá” para conquistar apoios,
com compras de votos favoráveis e manipulação dos dados. Isso só confirma que a
prioridade do governo é tirar direitos de quem mais precisa para favorecer
ainda mais banqueiros e empresários, lançando mão de estratégias bastante
questionáveis.
Ataques paralelos
Além do texto a ser discutido e votado hoje, há ainda a PEC
Paralela em tramitação que trata da inclusão de estados e municípios na
reforma, além da cobrança de contribuições previdenciárias de entidades
filantrópicas, do agronegócio exportador e do Simples (regime simplificado de
tributação).
Essa é uma manobra usada para acelerar a aprovação da
reforma sem que o texto precise voltar para nova análise e aprovação na Câmara.
Ou seja, mais ataques ainda estão por vir!
Precisamos nos manter firmes na luta em defesa dos direitos
e dizer não à Reforma da Previdência! Firmes!
