SISMUC repudia o assédio moral sofridos pelos ACEs no seu trabalho

Falta de reconhecimento e baixa remuneração aliados às
péssimas condições de trabalho levaram os Agentes de Combate às Endemias (ACEs)
a fazer uma greve que durou mais de 15 dias.
Durante esse período, os ACEs mostraram
à população a importância do seu trabalho que combate doenças graves, como
dengue, zika, chicungunha, entre outras.

Mesmo sem a negociação por parte da Prefeitura, os agentes
decidiram retornar aos seus locais de trabalho, preocupados com a população
para que não ficasse desassistida. 
Mas, o que eles encontraram foi mais descaso. Agora, os ACEs
têm sofrido assédio por parte da gestão. A exigência do mínimo de número de
casas a serem visitadas durante o turno, impede que os agentes possam
fiscalizar adequadamente cada espaço.

A gestão também está exigindo produtividade além das
condições, sendo que esses profissionais não recebem auxílio produtividade para
isso. 
Com número de trabalhadores insuficientes, a chefia os
obriga a burlar números e registrar mais visitas do que realmente são
realizadas.

As represálias também aparecem de formas variadas com cara
feia e inclusive boicote aos atestados dos profissionais. Mas, vale lembrar que
a greve é um direito dos trabalhadores. Os agentes estão lutando por salário e
condições de trabalho dignas e merecem respeito por isso!

Tudo isso só mostra que na verdade a gestão está mais preocupada
com represálias do que com garantir o combate às doenças.

Trabalho arriscado


Os problemas enfrentados pela categoria, que sofrem riscos
no seu dia a dia de trabalho, não foram resolvidos.
Nesta semana, um agente foi
mordido por um cão enquanto executava seu trabalho. Outro encontrou uma cobra
durante a visita a uma propriedade.


Esses são só dois exemplos mais recentes do dia a dia de
trabalho de uma categoria que está sujeita a picadas de animais peçonhentos,
contato com produtos químicos, materiais perfurocortantes, lixo hospitalar, além
do risco de agressão pelos próprios moradores e até por traficantes.


Mesmo com tudo isso, a Prefeitura ainda não reconhece que o
trabalho dos agentes envolve riscos!


O SISMUC repudia a atitude da gestão, que não negocia com os
servidores e ainda os submete ao assédio. Exigimos mais respeito ao trabalhador!


Paralisação dos servidores


A luta dos ACEs também serve de inspiração para outras
categorias. Os agentes mostram que não se intimidam com a truculência do
desgoverno Greca. A categoria se junta ao restante do funcionalismo público na
paralisação por 30 minutos do dia 28 de outubro. Vamos mostrar a força do
serviço público de Curitiba!