Sindicatos reforçam autonomia da organização dos servidores

A Secretaria Municipal de
Educação (SME) convocou uma reunião com os sindicatos para “discutir” o chamado
que as entidades fizeram aos servidores para se manifestarem na Ópera de Arame
no dia 15 de novembro, Dia do Professor.

Em meio a mais de 10 ofícios não
respondidos pela SME, a prioridade da gestão é inibir a mobilização do conjunto
dos servidores no mesmo local em que foram atacados pelo governo Greca há pouco
mais de dois anos.

De acordo com a secretaria Maria
Sílvia Bacila Winkeler, a escolha do local não foi feita de maneira
provocativa. Segundo ela, em nenhum momento, o evento foi associado ao que
ocorreu em junho de 2017. E, para os sindicatos, isso é um problema, pois, a
gestão do prefeito Rafael Greca não tem memória do cenário de guerra que criou
para aprovar o pacotaço e retirar direitos do conjunto dos servidores.

As direções do SISMMAC e SISMUC
deixaram claro que a manifestação é um direito dos servidores municipais e ação
da categoria está mantida. Exigimos a reparação dos erros causados pelo
pacotaço!

Pendências

Os sindicatos aproveitaram o
momento de reunião com a Secretaria, raro, diga-se de passagem, nesses quase
três anos de gestão, para tratar dos assuntos negligenciados pela
administração. As pendências vão desde os problemas na alimentação escolar,
passam pelas reivindicações do 6º ao 9º ano e vai até a eleição de diretores.
As questões foram respondidas parcialmente na reunião de hoje, as demais
reivindicações, como é o caso das séries finais, ficarão para uma próxima
agenda.

Reposição da greve do dia 14

A Portaria que estabelece as
regras para a reposição da greve do dia 14 de junho já foi publicada. Serão
três datas possíveis para reposição: 9, 23 e 30 de novembro.

De acordo com a SME, todos os
descontos serão repostos, incluindo o adicional de difícil provimento. Caso a
sua unidade tenha se mantido aberta, o profissional poderá repor em outra unidade.

Crítica à alimentação escolar

As direções do SISMMAC e do
SISMUC criticaram a alimentação fornecida para as crianças pela Prefeitura por
meio das empresas terceirizadas. Para além da qualidade dos alimentos, a falta
de profissionais na rede também foi denunciada, já que os trabalhadores estão
tendo que se desdobrar em dois ou mais, principalmente, nos momentos das
refeições para garantir que todos os alunos recebam o lanche.

A SME solicitou que as unidades
escolares denunciem a qualidade do lanche diretamente para o gabinete da secretária
Maria Silvia.

Os sindicatos ressaltaram que não
adianta a administração tratar a questão da alimentação escolar como um
problema pontual que ocorre em apenas algumas unidades. A Prefeitura precisa
garantir qualidade e condições para que todas as crianças sejam bem alimentadas
e que existam profissionais em números suficiente para atende-las.

Fim da dobradinha

A SME informou que ainda não tem
opinião formada sobre a proposta de alteração da lei de eleição de diretores
proposta pela base aliada do prefeito Rafael Greca.

O SISMMAC cobrou que a Secretaria
escute a posição da categoria, que já manifestou o desejo pelo fim da
dobradinha em amplas assembleias.

A direção do SISMUC reforçou a
necessidade da realização da eleição de diretores dos CMEIs.

Escola Sem Partido

Apesar de termos derrubado o
projeto de lei do Escola Sem Partido na Câmara, a bancada ultraconservadora
apresentou um novo projeto que tenta alterar a Lei Orgânica do Município para
proibir a discussão sobre igualdade de gênero e diversidade. A SME reforçou o
posicionamento contrário à Lei da Mordaça e seus desdobramentos. Vamos ficar
atentos para barrar mais essa ameaça!