Autoritarismo da gestão Greca norteou a Conferência Municipal de Saúde

Desrespeitando as reivindicações da base, tanto de trabalhadores quanto da população em geral, a 14ª Conferência Municipal de Saúde de Curitiba
– A atenção à saúde em Curitiba e os desafios para o futuro, aconteceu no
último final de semana (5 e 6) e terminou aprovando o que a gestão Greca impôs.
Foi esta a avaliação dos trabalhadores da saúde que participaram do que era para
ser um momento de construção coletiva das políticas públicas na área de saúde. O
encontro foi marcado pela manipulação de informações e apresentação de dados
que não condizem com a realidade, mas atendem os interesses da gestão.

A grande surpresa foi
a secretária municipal de saúde, Márcia Huçulak, anunciar na Conferência que está
finalizando um plano diretor da atenção primária de saúde de Curitiba, anulando
a representatividade da sociedade que esteve na conferência, e nas reuniões
locais, quando foram levantados os principais problemas em todos bairros da
cidade. A atitude da ges
tão, que não apresentou o estudo, desqualificou toda a organização popular dos
bairros, das conferências locais.
A
gestão ainda argumentou que as pesquisas de vulnerabilidade dos
territórios medido pelo IVAB é o que determinará as diretrizes, conforme a interpretação da gestão, o que acreditamos
vai legitimar as arbitrariedades.

Como membros do Conselho
Municipal de Saúde (CMS), que promoveu a Conferência, não têm conhecimento de
um plano diretor em desenvolvimento ? Porque não foi respeitada a regra de construção
coletiva das políticas como prevê a legislação?
Foi mais um ato autoritário e unilateral da
gestão do prefeito Rafael Greca, que está trabalhando pelo desmonte dos
serviços públicos de saúde. A construção de uma unidade de saúde específica
para população indígena, chamada Aldeias Curitibanas, não foi aprovada, apesar
da conferência ter sido iniciada com a mesa diretora tirando foto com os índios, bem representativo
do que é a gestão Greca propaganda bonita e desmonte de políticas públicas.

Com poucos
representantes, em comparação com as vagas para gestão, os servidores conseguiram
aprovar algumas moções e a proposta de ações na área de saúde dos trabalhadores.
A contratação precária de servidores por PSS, a implantação ilegal de Organizações
Socias para terceirização de mão de obra foram aprovadas, entre outras questões
que representam a precarização dos serviços públicos na área.

A pauta da próxima
reunião ordinária do Conselho Municipal de Saúde indica a apresentação do plano
diretor da atenção primária de saúde de Curitiba. Vamos acompanhar pois a luta
continua! Não podemos aceitar que um plano elaborado em gabinetes, discutidos
por vereadores que não vivenciam a realidade da cidade, seja maior do que as propostas
discutidas e tiradas nas conferência locais. Seguimos firmes!