Nesta terça-feira (1º) a Secretaria Municipal da Educação
(SME) convidou os professores da rede municipal via Facebook para comparecerem
na Ópera de Arame e receberem uma homenagem ao Dia do Professor, no dia 15 de
outubro. A proposta causou indignação em vários servidores!
No dia 26 de julho de 2017, os servidores municipais enfrentaram
milhares de policiais enquanto manifestavam contra a aprovação do pacotaço de ajuste
fiscal da gestão Rafael Greca.
Para conseguir aprovar o ajuste, a gestão Greca, junto com
os vereadores da base aliada, transferiu a votação da Câmara Municipal para a Ópera
de Arame, local onde um aparato gigantesco de repressão foi montado. Tudo isso
para garantir a aprovação do pacotaço que congelou todos os planos de carreira,
aprovou a retirada de mais de R$700 milhões do Instituto de Previdência dos
Servidores Municipais de Curitiba (IPMC), proibiu a pecúnia do vale transporte,
dificultou critérios das licenças prêmio e condicionou o aumento salarial ao
crescimento da arrecadação da cidade.
Os milhares de servidores que estavam presentes na
resistência relatam até hoje a revolta e indignação ao serem recebidos com gás
lacrimogênio, spray de pimenta, bombas de efeito moral e a cavalaria. Vários
servidores saíram feridos desse confronto, alguns precisando ser hospitalizados.
Secretaria ignora falta de carreira e condições de
trabalho
A SME ignora as dificuldades enfrentadas pelos profissionais que trabalham
nas unidades com a falta de mais de mil trabalhadores da educação. Além disso,
estamos há 3 anos sem Plano de Carreira e sabemos que a gestão Greca está
revisando o plano conquistado em 2014, um dos melhores planos do Brasil.
Ao chamar os professores para uma atividade de comemoração
na Ópera de Arame, a Prefeitura também ignora que foi lá que tivemos a votação
do Pacotaço e aposta em nossa passividade e falta de memória!
Não aceitaremos esse desrespeito e nem revisão do plano
de carreira
Estamos convocando a categoria para debater com o SISMUC e SISMMAC
a realização de um ato no mesmo dia da “homenagem”! Sugerimos que as
professoras e professores se inscrevam no referido curso e estejam lá presentes
com a camiseta e crachás da Campanha de Lutas para denunciar a falta de
profissionais e carreira.