A falsificação nas contas oficiais da Reforma da Previdência

No início desta semana, um estudo
sobre os cálculos do governo que baseiam a proposta de reforma do sistema
previdenciário brasileiros foi divulgado por um grupo de pesquisadores do
Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica, da Universidade de
Campinas (Cecon/Unicamp).

A pesquisa foi realizada a partir
da planilha de cálculos oficiais do Ministério da Economia sobre a Reforma da
Previdência, que até então estava em sigilo – o que já levantava suspeitas -,
mas foi obtida por meio da Lei de Acesso à Informações (LAI).

De acordo com os pesquisadores,
foram encontrados indícios de falsificação nos cálculos, que manipulam dados
sem respeitar a legislação.
Para atingir o objetivo que queria, ou seja,
privatizar a aposentadoria dos trabalhadores por meio da Reforma da
Previdência, o governo utilizou os dados das aposentadorias por idade, que
recebem subsídio do INSS, ao invés de fazer o cálculo correto, que implica em
usar os números referentes às aposentadorias por tempo de serviço. Com isso, a
pesquisa revela que as aposentadorias atuais tiveram o custo aumentado para
justificar a Reforma da Previdência.

Um elemento que já havia sido
denunciado inúmeras vezes por diversas entidades no último período e que foi comprovado
pela pesquisa é que os recursos para as aposentadorias dos trabalhadores mais
pobres diminuem com a Reforma da Previdência ao invés de aumentar. O que na
prática significa que a proposta retira direitos daqueles que mais precisam e
não dos verdadeiros privilegiados desse país, banqueiros e empresários.

Nossa luta em defesa da
aposentadoria precisa continuar!
A pesquisa é mais uma ferramenta para
desmentir, com dados, o discurso do governo de que a Reforma é necessária para
acabar com privilégios. Essa afirmação não passa de uma mentira construída com
base na distorção de informações para atacar os direitos dos trabalhadores!

Vamos nos manter atentos e
mobilizados para defender não só o nosso direito a aposentadoria, mas também o
direito de nossos familiares e amigos!

Pesquisa realizada por Pedro
Paulo Zahluth Bastos, Ricardo Knudsen, André Luiz Passos Santos e Henrique Sá
Earp.