O desmonte dos serviços de saúde e a falta de servidores
para atender a população foi escancarada para a gestão Greca durante as
consultas públicas realizadas nas 10 Regionais. Entre as demandas apresentadas
pela população, nas 80 reuniões do programa Fala Curitiba realizadas até o último dia 9 de agosto, a adequação
no número de servidores nos equipamentos de saúde foi a principal reivindicação,
além de ampliação no atendimento.
Apenas a regional Matriz não elencou a saúde como uma das cinco prioridades,
mas elencou a prevenção ao uso de drogas, ação que também envolve os servidores
da saúde. A presença da guarda municipal nas regionais e a realização de
serviços de manutenção e melhorias foram as outras demandas mais apresentadas,
entre outros serviços. Conforme balanço divulgado pela Prefeitura foram eleitas
50 demandas que vão compor a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2020, que será
analisada pela Câmara Municipal dos Vereadores.
Ação contrária
Em contraponto ao que a população quer, a gestão Greca continua
investindo no desmonte de serviços e terceirização da mão de obra, além de
promover a precarização nas condições de trabalho. Mesmo na Regional CIC, onde
a Prefeitura terceirizou a UPA que é administrada por uma Organização Social, e
a administração alega que oferece melhores serviços, a população pede mais
servidores para o atendimento. No local não há pediatras, não são realizados
vários exames, não recebe ambulâncias e casos mais graves são
encaminhados para outras unidades. A população não quer apenas uma unidade
aberta, mas sim trabalhadores e estrutura para o atendimento.
Há enfermeiros e auxiliares de enfermagem aprovados em
concurso público que a Prefeitura não convoca para cobrir a falta de servidores.
Ao invés disso, a administração está trabalhando para realizar contratações
temporárias por meio do Processo Seletivo Simplificado (PSS) e para terceirizar
mais três UPAs: Cajuru, Boa Vista e Sítio Cercado, com ampliação de OSs.
Não será precarizando as condições de trabalho, impondo
avaliação funcional, desmontando serviços de
saúde mental ou reduzindo estoque de materiais, que o atendimento vai melhorar.
A população expressou sua vontade. Cabe à gestão e aos vereadores da base do
prefeito entenderem a mensagem de que são as pessoas, servidores e técnicos,
que fazem a diferença no serviço.