O Dia do Orgulho LGBT+ é comemorado,
no dia 28 de junho, em todo o mundo. Neste mesmo dia, no ano de 1969,
ocorreu, na cidade de Nova York, o que veio a ser conhecido como a Rebelião de
Stonewall, em referência ao nome de um bar que era, e ainda é, frequentado por lésbicas,
gays, bissexuais, travestis e transexuais e que sofria repetidas batidas
policiais, sem justificativas, em ações de bastante truculência e preconceito
da polícia.
Naquela noite, a violenta repressão
policial foi respondida pelas pessoas presentes no bar, que se revoltaram contra
as autoridades. Os enfrentamentos que seguiram por cerca de cinco dias tornaram-se
um marco na luta pela igualdade de direitos de LGBT+.
Um mês após a revolta, foi feita a 1ª
Parada do Orgulho Gay. A comunidade LGBT+ marchou pelas ruas da cidade,
demonstrando que não estaria mais disposta a aceitar essa opressão e que
exigiria os mesmos direitos de toda a população. Desde então, esta data é
celebrada por meio de paradas e outros eventos culturais, numa expressão de
orgulho de assumir publicamente a orientação sexual e identidade de gênero.
No mês de maio, consolidou-se também
outra data que compõe a agenda dessa discussão: o Dia Internacional de Combate
à Homofobia, Lesbofobia e Transfobia. No dia 17 de maio de 1990, a Organização
Mundial de Saúde (OMS) retirou da lista internacional de doenças o
homossexualismo. Esse termo hoje é considerado pejorativo por conta do sufixo
“ismo”, referente à doença, que foi substituído por “dade”, relativo ao modo de
ser.
Apesar dos avanços, discriminação e preconceito
persistem
Cada país e cultura trata na prática a
questão da homossexualidade de maneira diferente, com menor ou maior grau de
violência ou exclusão.
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal
aprovou no dia 13 de junho desse ano a criminalização da homofobia. O casamento
civil igualitário ocorre na prática desde 2011.
Apesar disso, tem crescido nos últimos
anos uma onda conservadora a esse respeito, como vimos nos debates sobre a
aprovação dos planos de educação.
Por outro lado, mais de 70 países no
mundo ainda criminalizam a homossexualidade. Segundo o relatório anual da
Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e
Intersexuais (ILGA), a pena de morte para o segmento é adotada no Irã, na
Arábia Saudita, no Iêmen, na Nigéria, e em Uganda. Na Argélia, os homossexuais
estão sujeitos a até dois anos de prisão e pagamento de multa. Na Rússia,
entrou em vigor em 2013 uma lei que proíbe qualquer tipo de publicidade que
faça referência positiva à homossexualidade.
Avançar na construção de
uma sociedade livre da exploração e da desigualdade
O racismo, o machismo e as diversas
formas de preconceito em relação à orientação sexual são exemplos de diferenças
humanas que são transformadas em desigualdades.
A luta contra essas opressões deve
ser parte integrante da luta geral da classe trabalhadora contra essa forma de
viver que se sustenta sobre a nossa exploração. Apenas em uma sociedade em
que tenhamos nossa sobrevivência garantida de forma fraterna, na qual não
precisemos concorrer entre nós para nos manter vivos, é que estarão lançadas as
bases para o respeito ao diferente, seja qual for sua expressão.