O anúncio da terceirização das UPAS Cajuru, Boa Vista e
Sítio Cercado, marcou a mesa de negociações da pauta específica dos servidores
da Saúde de Curitiba que aconteceu na última sexta-feira (14). Um dos pontos colocados em pauta era a
manutenção dos CAPS e UPAs com a administração municipal e com servidores públicos
concursados, mas a Prefeitura adiantou que continuará a contratação de
Organizações Sociais e que as UPAs Cajuru, Boa Vista e Sítio Cercado serão as
próximas que serão entregues para a iniciativa privada.
Conforme foi informado, os servidores serão remanejados para
outras UPAs, unidades básicas, SAMU ou distritos sanitários. Poderão escolher
as vagas conforme a ordem de classificação. Não será possível continuar no equipamento,
pois a intenção da Prefeitura é que equipamentos administrados por OSs serão
ocupados por trabalhadores contratados pelas OSs e os servidores municipais serão
colocados em outros equipamentos públicos.
O SISMUC é contra esta medida que representa a terceirização
das atividades e desmonte do serviço público. No ano passado, em parceria com a
comunidade, servidores e sindicato conseguiram barrar a terceirização da UPA
Pinheirinho.
Reunião
Ainda durante a mesa de negociações, a administração se
comprometeu em, na medida do possível, convocar o cadastro reserva dos
aprovados nos concursos públicos para os cargos de Enfermeiro e Técnico de Enfermagem,
mas também confirmou que irá contratar pelo Processo Seletivo Simplificado
(PSS) para repor o quadro de servidores aposentados e/ou exonerados.
O SISMUC ressaltou a preocupação com a arrecadação do Instituto de Previdência
do Município de Curitiba (IPMC) devido a não contratação por concurso público, o
que coloca em risco o pagamento das aposentadorias futuras. O sindicato ainda
solicitou que se realmente ocorrer, que a contratação por PSS seja transitória.
Com relação aos casos de assédio moral no trabalho, a
indicação da administração é para que os servidores entrem em contato com o
Departamento de Saúde Ocupacional, situado no prédio da Perícia Médica, para
entrevista com assistente social e orientações sobre o assunto. Também devem procurar
o sindicato para que possamos acompanhar o caso.
Foi mais uma mesa de
repasses negativos, sem garantir melhorias para os servidores. Reivindicações
como isonomia nas gratificações, dimensionamento de profissional de enfermagem e
maqueiro, a extensão de 30h para todos servidores da Saúde foram todos negados
com a desculpa de que não há orçamento para promover as melhorias.
Somente com a mobilização e união dos servidores em defesa
dos serviços públicos conseguirmos garantir novas conquistas. O desmonte da saúde
pública é um plano que está sendo colocado em prática pela gestão Greca sem
considerar a qualidade do serviço para população e as condições de trabalhos
para os servidores.
