Greve dos caminhoneiros: 11 dias que pararam o Brasil

Com a paralisação do trabalho e o bloqueio nas estradas, a mobilização nacional provocou desabastecimento em supermercados, postos de gasolina e também fez com que fábricas tivessem que parar por falta de peças ou de matéria-prima. Os caminhoneiros mostraram que a força das greves está na capacidade de mexer no bolso dos grandes empresários e pressionar o governo.

Mas a paralisação dos caminhoneiros também deixou claro que, se os trabalhadores não têm instrumentos de luta independentes dos patrões, sua mobilização pode se virar contra seus verdadeiros interesses, servindo como ferramenta para que só os patrões conquistem seus objetivos.

A greve foi encerrada com um acordo de subsídio no diesel que beneficiou especialmente as empresas privadas, que controlam mais 70% do transporte de cargas no país, enquanto os caminhoneiros seguiram nas estradas, em jornadas alucinantes, sem direitos e sem condições básicas de trabalho.

É hora de pôr em prática as lições da greve dos caminhoneiros. Vamos seguir firmes e com independência de classe na construção da Greve Geral contra a Reforma da Previdência, os cortes na educação e os ataques aos direitos dos trabalhadores!