A farsa da negociação da gestão Greca

O fato da gestão do prefeito Rafael
Greca marcar reuniões de negociação para dar respostas negativas prontas não é
uma novidade.
Isso ocorre desde o primeiro ano de mandato. Entretanto, continua
sendo um grande descaso com aqueles que são responsáveis pelos serviços
públicos da cidade: os trabalhadores.

Na tarde desta quarta-feira (15),
as direções do SISMMAC e do SISMUC se reuniram com a administração para tratar
das reivindicações que são comuns para os servidores representados pelos dois
sindicatos. Os itens discutidos na tarde de hoje tratam da revogação do
pacotaço, retomada dos planos de carreira dos servidores, do auxílio-transporte
e o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba (IPMC).

Para todas as reivindicações, a
resposta da administração foi negativa.
Ao ser cobrada em relação à inflação acumulada
que não foi paga pela gestão, a administração argumentou que valorização não se
dá apenas por aumento salarial e deu o exemplo de condições de trabalho como
alternativa. Para os servidores municipais, essa é uma piada de mal gosto,
que a situação das condições de trabalho na Prefeitura não está nada melhor do
que os salários.

Um indicador disso é o fato de a
própria gestão assumir que nos últimos anos contratou menos de dois mil
servidores, enquanto cerca de cinco mil servidores se aposentaram no último
período.

De acordo com dados levantados
pelo Dieese, a despesa da administração com pessoal recuou 8,7% se compararmos
2018 com dois anos antes.
Isso reafirma aquilo que os sindicatos estão cansados
de dizer: o governo tem economizado às custas dos trabalhadores.

Planos de carreira

De acordo com a Secretaria
Municipal de Recursos Humanos (SMRH), existem 10 comissões que analisam todos
os planos de carreira dos servidores no momento. Porém, quando questionada sobre prazos e atas das reuniões dessas comissões, a administração apenas
afirmou que os relatórios não foram concluídos.

Auxílio-transporte

Os sindicatos cobraram para que o
auxílio-transporte continue a ser pago em dinheiro já que na prática, com
salários tão defasados, ele funciona como um complemento de renda para os
servidores municipais.

Para além de negar a reivindicação,
a administração apresentou dados que pouco condizem com a realidade. De acordo
com a SMRH, cerca de 300 servidores seriam prejudicados com o pagamento do auxílio-transporte
em crédito no cartão. Isso porque a Prefeitura só considerou aqueles
servidores, majoritariamente profissionais do magistério, que possuem dois
padrões em regiões distantes da cidade.

Com isso, a gestão Greca negligencia
todos aqueles que possuem um padrão na rede estadual ou trabalha em escola
particular.

Próximas reuniões

As negociações devem continuar e há uma reunião marcada nesta quinta-feira (16) para discutir as demais reivindicações conjuntas. Para as próximas semanas, devem ser agendadas as reuniões que debaterão pautas específicas de cada categoria.

Ata da reunião conjunta SISMUC SISMMAC em 15.05.19