Cortes do governo Bolsonaro atingem todas as etapas da educação

O presidente Jair Bolsonaro
mostrou mais uma vez que a educação não é uma prioridade do governo federal. No
final do mês de abril, o Ministro da Educação Abraham Weintraub anunciou um corte de 30% nos investimentos das
universidades federais do país, com a desculpa de beneficiar financeiramente a
educação básica.

Mas os cortes vão além do ensino superior: de acordo
com os dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo (Siop),
o valor do congelamento nos
investimentos em todas as etapas da educação já passa dos R$7 bilhões.
Na educação básica o valor chega a R$ 914
milhões.
Esse corte inclui verbas para construção e manutenção de escolas e
creches, capacitação de profissionais da educação, merendas escolares e
transporte. Segundo o MEC, o bloqueio das verbas foi feito para cumprir a Lei
de Responsabilidade Fiscal e o teto de gastos.

Ao contrariar o próprio discurso
de priorização da educação básica, que contempla o ensino fundamental e médio,
o governo federal deixa claro as motivações políticas por trás desse ataque
absurdo à qualidade do ensino público. Nesta semana, durante uma reunião da Comissão
de Educação, Cultura e Esporte do Senado, o ministro da educação fez campanha a favor da Reforma da
Previdência e ameaçou, dizendo que os cortes na educação podem ser revistos
caso esse grande ataque aos trabalhadores seja aprovado.
Isso só mostra que
o governo Bolsonaro não poupa esforços para avançar no desmonte da Previdência
e que ele vê nos professores e professoras, demais trabalhadores da educação e
nos jovens uma grande força contra esse
ataque.

Moção de repúdio contra os cortes na UFPR

Em Curitiba, os vereadores da
base aliada do prefeito Rafael Greca se recusaram a fazer uma moção de repúdio,
sugerida pela vereadora Professora Josete, contra os cortes nas verbas na
Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pier
Petruzziello, líder do governo na Câmara Municipal,
defendeu o bloqueio das verbas e até fez uma comparação com a
aprovação do pacotaço em 2017 que, entre outros ataques, congelou o Plano de
Carreira dos servidores municipais.

Em nota à comunidade publicada no
dia 2 de maio, a UFPR informou que os cortes nas verbas ultrapassam os R$48
milhões e que há o risco de que as atividades da instituição sejam
comprometidas no segundo semestre de 2019, afetando
mais de 33 mil alunos matriculados.

Balbúrdia contra a educação

Inicialmente, o Ministro da
Educação Abraham Weintraub alegava que os cortes seriam direcionados à apenas
três universidades devido às “balbúrdias” promovidas nas instituições. Esse
tipo de afirmação reitera o caráter autoritário deste governo.
As manifestações promovidas nas
instituições denunciam a falta de investimentos no ensino público e a situação
precária que já se encontram as universidades.
E um dia depois das
declarações do ministro, o MEC publicou uma nota oficializando a extensão do bloqueio
das verbas
para todas universidades e
federais e para o ensino básico.


A verdadeira balbúrdia é o ataque
que o governo Bolsonaro promove contra a educação! O governo federal tenta incessantemente
desvalorizar os profissionais da educação e colocar a universidades federais no
papel de inimigas do povo para enfraquecer a resistência da população contra a
retirada de direitos.

Entretanto, não devemos aceitar
esse grave ataque contra o ensino público! Compartilhe a sua indignação e converse
com os seus colegas de trabalho, família e sua comunidade. A única maneira de dar um basta a ataques como cortes na verba da
educação e Reforma da Previdência é por meio da união dos trabalhadores para a
construção da necessária greve geral.

Mobilize-se!

Professores e professoras, estudantes e demais trabalhadores da área da educação, estão se mobilizando do ensino básico à universidade!



No dia 15 de maio vamos construir uma grande Greve Geral da Educação, contra os ataques do governo Bolsonaro.



Os servidores e servidoras do município também tem compromisso na próxima quinta-feira (9) a partir das 18h30, na assembleia da educação, onde será debatida a participação no dia 15 de maio e outras formas de mobilização.