No último final de semana o SISMUC recebeu o I Encontro
Regional dos Fiscais de Atividades Urbanas (EREFAU). O encontro foi realizado
nos dias 5 e 6 de abril em parceria com a FENAFISC, e trouxe fiscais de todo o
Brasil.
As discussões relembraram o histórico de lutas da categoria,
além de haver uma importante troca de experiência entre os profissionais sobre
as dificuldades encontradas no cotidiano. Entendendo que as mobilizações só se
constroem com a unidade dos trabalhadores, um dos temas abordados com grande
destaque foi a Reforma da Previdência, vista como o maior ataque do governo
federal.
O I EREFAU aprovou resoluções que buscam fortalecer os sindicatos
para enfrentar a atual conjuntura. Entre as principais decisões estão, a atuação
na construção permanente da unidade na luta por conquistas e manutenção de
direitos, além de fortalecer a organização sindical ampliando o trabalho de
base e a formação política. As propostas aprovadas podem ser conferidas acima.
A grande maioria das propostas foram aprovadas por consenso,
o que evidencia a necessidade de mobilização e união para o próximo período,
que será de muito enfrentamento.
Temática de grande importância para pensar as lutas em
unidade entre os trabalhadores, a conjuntura foi apresentada junto com um
histórico do movimento sindical. O Professor Rafael Furtado e o Fiscal Eduardo
Recker trouxeram para a mesa a importância dos sindicatos e de mobilização
conjunta entre as categorias, para que possamos avançar nas lutas.
A mobilização feita pelos fiscais em 2011, garantiu cerca de 20% de reajuste salarial,
fez parte da história e fez com que hoje os trabalhadores tenham um salário um
pouco maior.
Vivemos em um momento onde as condições de vida e de
trabalho da população estão cada vez piores. Mais de 50 milhões de brasileiros
vivem abaixo da linha da pobreza. A Reforma Trabalhista agravou a situação dos
trabalhadores, que hoje perdem diversos direitos conquistados.
Um dos maiores direitos que ainda se mantém é a Previdência.
Os governos tentam convencer a população todos os dias de que ela está com os
dias contados, sua real intenção é
acabar com o modelo solidário, piorando mais ainda a condição de vida dos trabalhadores
e beneficiando as grandes empresas.
O modelo de Previdência que existe hoje no Brasil, é chamado
de solidário. Trabalhadores, patrões e governo contribuem para que haja esse
sistema. O atual governo quer nos fazer acreditar que existe um déficit nesse
modelo, o que é mentira.
Com a proposta de Bolsonaro e Guedes o regime solidário acaba, e uma sistema de capitalização é
implantado no lugar. Nesse modelo
somente o trabalhador contribui individualmente, e os patrões e governo se
livram de sua parte.
O modelo de capitalização privilegia os bancos e empresas, deixando de lado o trabalhador. Para
este, sobra somente a dúvida se algum dia irá se aposentar.
Engana-se quem acredita que está é uma particularidade brasileira.
Cerca de 30 países privatizaram de forma total ou parcial suas previdências nos
últimos 30 anos, porém, 18 já voltaram
atrásdevido aos resultados catastróficos.
Para barrar esses e
outros ataques que estão por vir, será necessária uma grande mobilização. Os fiscais
lutarão ombro a ombro com os demais trabalhadores contra o fim da Previdência Pública!