As
direções do SISMUC e do SISMMAC, e o Coletivo Outros Outubros Virão entregaram um panfleto sobre a Reforma da Previdência para os
trabalhadores que passaram pela Praça Rui Barbosa no final da tarde de
quarta-feira (20).
A
movimentação não foi por acaso. Nesse dia 20, o governo divulgou o conteúdo
oficial da PEC da Previdência. E, como já havíamos alertado
anteriormente, a proposta atinge diretamente
as camadas mais pobres da nossa classe.
A
medida amplia a idade mínima de
aposentadoria para 65 anos no caso dos homens e 62 anos no
caso das mulheres. A proposta se estende para trabalhadores do setor privado e
também do serviço público.
Professores
No caso
dos professores, a Reforma propõe 60 anos como
idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres. Hoje, a
idade mínima é de 50 e 55 anos para mulheres e homens, respectivamente. Além
disso, a PEC da Previdência de Bolsonaro acaba
com a aposentadoria especial a qual os professores e professoras têm direito no
modelo atual.
Aumento da contribuição
Além de
impor uma idade mínima para todos, a
reforma também aumenta em cinco anos o tempo mínimo de contribuição para quem
atinge a idade. Hoje o tempo mínimo é de 15 anos, mas caso a Reforma seja
aprovada, esse tempo será de 20 anos, para receber apenas 60% da aposentadoria. Para receber 100%, os trabalhadores terão de contribuir por,
no mínimo, 40 anos.
Da mesma
forma que igualar a idade mínima para aposentadoria entre professoras e
professores, o aumento do tempo de contribuição é especialmente cruel com as
mulheres. Isso porque ainda recai sobre
elas todo o ônus da maternidade e do trabalho doméstico, a chamada dupla
jornada. Mesmo dentro do mercado formam de trabalho, as mulheres
ganham menos e trabalham mais horas que os homens.
Nossa resposta para os ataques é a luta!
A
história nos mostra que é com luta que se mantém os direitos da classe
trabalhadora. Para barrar mais uma vez a Reforma, será necessário lutar
bravamente. Vamos juntos construir o que é
preciso para enfrentar este ataque!