Em mais um processo de desvalorização, Prefeitura ataca aposentadorias dos servidores

A gestão Greca tem instruído
os novos servidores a aderirem ao CuritibaPrev sem informar que a adesão é opcional e não obrigatória e que o
servidor pode abrir mão da previdência complementar a qualquer momento, contribuindo
apenas com o Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba
(IPMC)
. Caso a filiação no CuritibaPrev seja feita de forma arbitrária
pela Prefeitura, o servidor deve entrar em contato com o Sindicato pelo
telefone (41) 3322-2475.

Aprovado em 2017 no pacotaço de Greca a
capitalização da previdência dos servidores públicos municipais de Curitiba
começa a ser aplicada para os novos servidores em 2019. De acordo com a
prefeitura esse sistema se daria de forma híbrida, onde seria garantido um
valor mínimo para aposentadoria e o restante seria arrecadado de forma
individual por cada servidor a depender de seu salário.

Muitas coisas não estão claras na
proposta como por exemplo a taxa de administração que será aplicada, e nem
mesmo como seria a participação dos servidores que já estão na ativa. É
importante nos perguntarmos se este valor mínimo propagandeado pela prefeitura
será o suficiente para o servidor público ter uma vida digna
, principalmente
aqueles que têm os salários mais baixos e, portanto, contribuirão com um valor
menor. Além disso, com salários cada vez menores e defasados os servidores não
conseguirão contribuir de forma a garantir uma aposentadoria maior. A realidade
sobre esse sistema é que ele significa a miséria.

O atual presidente da CuritibaPrev, José
Luiz Costa Taborda Rauen, de acordo com entrevista publicada no jornal Gazeta
do Povo
, diz que o formato atual de repartição é totalmente insustentável.
Desconsiderando em seu argumento que a própria prefeitura faz com que a
arrecadação do Instituto de Previdência Municipal de Curitiba (IPMC) seja
reduzida. Os processos de terceirização que Curitiba vem passando faz com que
haja cada vez menos contribuições para o IPMC, descapitalizando o instituto e
deixando de garantir a aposentadoria dos servidores.

Vale lembrar que a gestão Greca tem
sido marcada pela falta de valorização dos servidores. A aprovação do pacotaço
em 2017 foi dada sem que houvesse nenhum tipo de diálogo com a categoria. Os
servidores foram bravamente para as ruas para reivindicar seus direitos e foram
recebidos por bombas e balas. Em 2018, o ajuste de somente 3% do salário dos
servidores não cobriu nem a inflação do ano e muito menos a inflação acumulada
desde o último reajuste. Os servidores e a população não são prioridade para a Prefeitura
e o CuritibaPrev é mais uma demonstração desse descaso.


A aposentadoria foi um direito
conquistado através de muita luta dos trabalhadores. Para garantir que o IPMC
continue funcionando, os servidores devem se preparar em 2019 para uma grande
greve.
Só através da luta conseguiremos barrar este e tantos outros ataques!