50 minutos pela educação infantil de Curitiba

Foi realizada na quinta-feira (29) uma paralisação de 50
minutos com panfletagem para a comunidade, nos Centros Municipais de Educação
Infantil (CMEI) em defesa de melhores condições de trabalho. Os ataques
colocados ao serviço público pela gestão Greca são muitos e nas últimas semanas
a prefeitura tem anunciado uma série de medidas aos CMEIs de Curitiba.

A prefeitura anunciou no início de novembro o fechamento das
turmas de Pré em período integral e o remanejamento dos professores de educação
infantil em seis CMEIs. Essa decisão foi tomada de forma unilateral e sem
diálogo com a categoria, marca registrada da gestão Greca.

Precarização das
condições de trabalho

As condições de trabalho dentro dos CMEIs são muito
precárias. Em muitas unidades a prefeitura não cumpre a liberação 02/2012 do
Conselho Municipal de Educação, que prevê um número de crianças por professor
em sala de aula. Outra regulamentação descumprida em vários locais é a
resolução SESA 162/05, que prevê o número de crianças de acordo com a metragem
da sala.

A falta de
profissionais tem provocado sobrecarga e adoecimento nos professores de
educação infantil. O quadro de profissionais está defasado há muitos anos, e o
processo de terceirização parece ser o grande plano da gestão para cobrir estes
buracos através do Processo Seletivo Simplificado (PSS), abrindo possibilidade
para que não existam mais concursos públicos e afetando diretamente o Instituto
de Previdência dos Servidores de Curitiba (IPMC), reduzindo seu financiamento.

A falta de profissionais também faz com que os professores
muitas vezes não consigam realizar permanência, prática fundamental para o
planejamento das aulas, além de não conseguirem usufruir de sua licença-prêmio.
A educação, pelo que demonstra a gestão, não é uma prioridade de Greca.

A luta não para!

Mobilizados, os servidores conseguiram conversar com a comunidade,
alertando sobre o processo de desmonte da educação pública. Somente a
organização e mobilização dos trabalhadores poderá alterar o cenário colocado.
Vale lembrar que ainda serão discutidas na Câmara nos próximos dias a retirada
do direito à licença-prêmio e a proposta de ampliação a contratação por meio do
PSS. Nossa mobilização não pode parar!

Ato na CMC pela manutenção da data-base