Servidores e comunidade pressionam contra fechamento de CRAS

Os servidores da
Fundação de Ação Social (FAS) e a comunidade têm se mobilizado
contra o fechamento de sete equipamentos dos Centros de Referência
da Assistência Social (CRAS). O fechamento foi impedido na última
reunião do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) ocorrida
no dia 3 de julho. No entanto, um novo encontro ocorre no próximo
dia 31 de julho, na sede da FAS, quando o fechamento dos equipamentos
deve voltar à pauta.

Para impedir a
adoção dessa política, os servidores e a comunidade estão
incentivando a participação nas audiências públicas que ocorrem
nos dias 19 e 20 de julho. A Prefeitura de Curitiba marcou esses
encontros em oito regionais pela manhã e pela tarde, num horário
que dificulta a participação dos trabalhadores. Em virtude disso,
está sendo divulgado um panfleto que cobra a manutenção do
atendimento.

“Tal desmonte
passa pelo fechamento de sete Centros de Referências de Assistência
Social/CRAS e de unidades de atendimento, localizados em territórios
com alta concentração de vulnerabilidade social e desigualdade. As
unidades previstas para fechamento são: Sambaqui (Bairro Novo); Vila
Hauer (Boqueirão); Arroio (CIC – Cidade Industrial de Curitiba),
Gabineto (CIC), Butiatuvinha (Santa Felicidade); Portão (Portão) e
Santa Rita (Tatuquara)”, alerta o panfleto.

Para o Sismuc,
servidores da FAS e comunidade, todos esses CRAS se localizam em
territórios altamente vulneráveis e com altos índices de
violência. Qualquer alteração no posicionamento das unidades
estatais deve ser precedida de ampla discussão com trabalhadoras e
com a comunidade. “É fundamental que a população usuária dos
serviços da Política de Assistência seja informada deste desmonte,
pois ela e nós, trabalhadores, somos/seremos os mais atingidos,
neste momento em que o país, em crise econômica, precisaria na
verdade reforçar suas políticas de proteção social”, expõem.

Audiência na CMC

Presente a última
reunião do conselho, a vereadora professora Josete (PT) sugere a
realização de uma audiência pública na Câmara Municipal antes do
fechamento de qualquer equipamento da assistência social. “Ninguém
é contra o reordenamento de serviço, mas é preciso mais detalhes
para se pensar soluções coletivas e mais dados para entender a
realidade de cada CRAS. O que nos deixa preocupado é enxugamento de
gastos, mas que nos parece economista, sem levar em contas as
consequências disso. Podemos fazer audiência pública para debater
o assunto com envolvidos”, sugeriu Josete.

Atualmente Curitiba
conta com 45 CRAS, que executam serviços de proteção social básica
destinados à população em situação de vulnerabilidade social.
Esses equipamentos têm uma função protetiva e atuam em conjunto
com outras políticas públicas. Entre os serviços estão o acesso à
benefícios como o Bolsa Família e a substituição de renda pelo
Benefício de Prestação Continuada para pessoas idosas ou com
deficiência.

Confira os locais das audiências

19 DE JULHO

Cajuru 9h30 – Liceu Rua da Cidadania Cajuru – Av. Prefeito Maurício Fruet, 2150

Boqueirão 11h – CRAS Boqueirão – Rua Josepha Deren Destefani, 30 – Hauer

Santa Felicidade 14h – Rua da Cidadania Santa Felicidade – Rua Santa Bertila Boscardin, 213

Portão 15h30 – Auditório 3 da Rua da Cidadania Fazendinha – R. Carlos Klemtz, 1700

20 DE JULHO

Bairro Novo 9h30 – Rua da Cidadania Bairro Novo – R. Tijucas do Sul, 1700

Boa Vista 11h – Rua da Cidadania Boa Vista – Av. Paraná, 3600, Bacacheri

Tatuquara 14h – CRAS Santa Rita – R. Carlos Munhoz da Rocha, 629

CIC 15h30 – Rua da Cidadania – Rua Manoel Valdomiro de Macedo, 2460