Trabalhadores de escola seguem sobrecarregados

A
mesa específica dos trabalhadores de escola e professores da educação
infantil aconteceu nesta segunda-feira(25), com
presença da superintendente de Recursos Humanos, Luciana Varassin, acompanhada assessora
da Secretaria de Governo, Jocelaine Moares de Souza e integrantes da área
de saúde do trabalhador. Entre os principais pontos da mesa de negociação, no caso dos trabalhadores de escola, foram
debatidos:

Criação
de Cargo de Técnico Escolar após a conclusão de curso do Pró-Funcionário

A
prefeitura afirma em mesa que, por ora, não deve tratar da transição do cargo. 

A
gestão baseou a sua argumentação na transição da enfermagem, sobre a
qual o Ministério Público do Paraná instalou procedimento administrativo. “Enquanto
não fecharem isso, não queremos mexer nessa questão antes de o MP dizer”,
afirma Luciana Varassin.

Revisão
do dimensionamento das escolas (relação alunos x auxiliares de serviços
escolares), de até 90 alunos e de acordo com o grau de complexidade conforme o
número de alunos oriundos de inclusão

No
mesmo sentido da pauta anterior, a gestão considera que não é possível atender
plenamente, devido ao tema orçamentário e financeiro.

Na
portaria 57, que trata de auxiliares de serviços escolares, trata-se de número
de servidores e mais apoio escolar nas unidades que atuam com educação de tempo
integral.

“É
muito difícil a gente atender 150 alunos, ou uma escola com esse
dimensionamento. É questão da saúde do servidor e do cuidado com a criança”,
afirma Manuela Zakalugne, servidora da área e auxiliar de serviços escolares.

O
sindicato também abordou em mesa de negociação o tema da falta de condições e
de pessoal para atendimento à educação integral:

“A
escola integral é desgastante. É muita evasão da escola integral, quem fica está
sobrecarregado, alguns trabalhadores têm apoio de fato da direção da escola, alguns ainda têm ônibus, é uma
dinâmica complicada. O (colégio municipal) Sandino, por exemplo, tem vários ônibus, tem
profissional, inspetores e professores que já foram assaltados”, denuncia Rosi
Barbieri, da coordenação do Sismuc.

“Os
pais não querem saber se falta funcionário, o profissional é sempre culpado”, complementa
Zakalugne.

A
gestão argumenta que, em termos financeiros, está fazendo esforços e a questão
central é focar no reajuste deste ano. “Em curto prazo, não tem previsões”,
afirma a administração sobre este ponto.

A
demanda do Adicional de 30% também ficou submetido à indisposição da gestão
para questões de natureza financeira.

Descritivo
de função

Ficou
agendada reunião com SME para definir cargo de auxiliar de serviços escolares.
O que atende à pauta do Sismuc número 7 de “rever descritivo de função em
construção conjunta com sindicato e categoria”.

Saúde
dos trabalhadores em todos os ambientes escolares

A
gestão respondeu ao questionamento do sindicato: de acordo com ela tem feito visitas in loco no ambiente dos professores.
Para o Sismuc, a situação é crítica no que se refere a condições de trabalho, salas
de professores e inspetores, qualidade das carteiras.

A
gestão se comprometeu a receber denúncias e até realizar visitas conjuntas a
locais de trabalho apontados pelo sindicato. Afirmou que efetiva atendimentos
médicos e ocupacionais permanentemente.

Assédio
Moral

Baseada
no estatuto dos servidores, a gestão se colocou à disposição em relação ao tema
delicado do assédio moral. Como
proposta, ficaram apontados cursos de formação para chefia e até para
servidores interessados, em parceria com SME e SMS. Ao lado disso, a proposição de formação
workshops, durante a semana de formação antes de começar as aulas.

Licença-prêmio

Está
em análise a minuta de estudo para elaboração de documento específico para o
estabelecimento de critérios para conceder licença-prêmio no segundo semestre
de 2018.