Gestão Greca ignora projeto de lei da FCC e prevê análise para fim de 2019

De quase aprovado na Câmara Municipal em 2016 para eventual incorporação na análise dos planos de carreira. Esse é o destino dado pela gestão Greca ao projeto de lei da FCC construído entre trabalhadores e gestão durante o governo de Fruet. Com isso, a demora para uma nova carreira pode passar de três anos, mesmo todos reconhecendo as defasagens de pessoal na Fundação. A gestão ainda não assumiu compromisso com algumas reformar e com o orçamento de 2% para a cultura.

Na mesa de negociação, os gestores disseram que está sendo feito a avaliação de todos os planos de carreira regidos. Dessa forma, não está sendo considerado o trabalho que foi feito na gestão de Marcos Cordiolli. Uma avaliação só deve ocorrer após a análise técnica. O prazo para isso é de 18 meses, sendo que os trabalhos foram iniciados em março de 2018. Ou seja, a resposta da prefeitura pode só ocorrer no fim de 2019. “Nós não queremos ficar fazendo remendos”, argumentou a superintendente de recursos humanos, Luciana Varassin.

O sindicato alertou que a gestão devia dar continuidade a um trabalho que chegou até a votação na Câmara Municipal, em 2016. “A gente não pode fazer troca de gestão e todo o trabalho ser jogado na lata do lixo”, protesta Adriana Claudia Kalckmann, coordenadora jurídica do Sismuc. Os membros da mesa alertam para que as aposentadorias estão ocorrendo e que a Prefeitura de Curitiba pode estar abrindo portas para as terceirizações. Diante do impasse, a secretaria de recursos humanos afirmou que pode ser feito um resgate do projeto de lei e avaliar o que pode ser incluído nas revisões das carreiras que estão sendo analisadas.

Concurso público

A gestão afirmou que há possibilidade de realizar concurso público, mas não mostrou nenhum planejamento nesse sentido. Nenhum concurso foi realizado recentemente. Nos últimos dois anos ocorreram cerca de 30 desligamentos, em maioria gerados por causa de aposentadoria. O quadro atual da FCC é de 306 funcionários.

Orçamento da Cultura

Outro ponto da mesa abordava a formação continuada dos servidores da fundação. Segundo a gestão, já é realizado, desde janeiro, diversas atividades que capacitam os trabalhadores da FCC. Contudo, as demandas que geram custos ao governo municipal esto sendo estudadas. Já o orçamento de 2% para a Cultura é uma prerrogativa da gestão e dos vereadores, não cabendo a mesa de negociação. Atualmente, esse valor não chega a 1%, admite a gestão.

Com relação à reforma dos equipamentos, elas estão sendo feitas. Contudo, para os servidores, alguns prédios como o Solar do Barão foram colocados em segundo plano. O sindicato vai encaminhar ofício para que a gestão exponha quais são as prioridades do município. Já o governo municipal argumenta que a reforma do Solar só ocorre a partir de 2019 e quem define a prioridade é o IPPUC.

A gente não pode fazer troca de gestão e todo o trabalho ser jogado na lata do lixo