Sismuc apoia movimentos em defesa da redução dos combustíveis

O Sismuc apoia a greve em defesa da redução dos preços dos
derivados de petróleo e estende seu apoio aos petroleiros, organizados por meio
do Federação Única dos Petroleiros (FUP), que realizam greve com duração de 72 horas a
partir desta quarta-feira (30). Os trabalhadores querem a revogação da atual
política de preços da Petrobras, a demissão imediata do presidente da estatal,
Pedro Parente,  a renúncia do presidente Michel Temer e o fim da entrega do
pré-sal às empresas multinacionais.

A FUP é contra a política de preço aplicada pela Petrobrás
porque leva ao aumento de todos os derivados do petróleo, como o gás de cozinha,
a gasolina e o díesel. Antes os preços eram pensados e voltados para o Brasil.
No entanto, há cerca de quase dois anos, Pedro Parente, a mando de Michel
Temer, mudou essa política. A consequência direta foi a elevação dos preços.
Apenas nos últimos dez meses, os brasileiros foram bombardeados por nada menos
que 115 aumentos nos preços dos combustíveis. Nesse período, o óleo diesel e a
gasolina subiram 57%. Já o gás de cozinha disparou 70%.

Os petroleiros ligados à FUP rejeitam essa política de preço
por entender que ela é voltada para o lucro das empresas estrangeiras e não
para as necessidades do povo brasileiro. A FUP argumenta que não há motivo que
justifique o Brasil ter preço flutuante e ligado aos preços internacionais, uma
vez que a Petrobras produz o petróleo e tem tecnologia para refino e
distribuição e com custo nacional.

A atual política de reajuste dos derivados de petróleo fez
os preços dos combustíveis dispararem e contribui para o desmonte da Petrobrás.
A FUP também repudia a convocação das forças armadas para ocupar as refinarias
– por entender que se trata de um ataque
do governo ao Estado Democrático de Direito –
e exige a retirada imediata das tropas militares que estão nas
instalações da Petrobrás.

A greve de advertência é mais uma etapa das mobilizações que
os petroleiros vêm fazendo na construção de uma greve nacional por tempo
indeterminado, que foi aprovada nacionalmente pela categoria.

Eixos principais do movimento

• Pressão
ao governo de Michel Temer com o objetivo de baixar os preços do gás de cozinha
e dos combustíveis

• Retomada
nos investimentos no setor de óleo e gás e especialmente a ampliação da
capacidade de refino dos derivados do petróleo.

• Fortalecimento
da democracia com a garantia da realização de eleições livres e democráticas,
na qual o povo possa escolher livremente entre os candidatos e programas
apresentados.

• Manutenção
dos empregos, retomada da produção das refinarias e fim das importações de
derivados de petróleo

• Contra a
privatização e o desmonte da Petrobras

O Sismuc defende os trabalhadores organizados e os protestos
pacíficos e repudia qualquer tentativa do governo Temer e da grande mídia em tentar
criminalizar os movimentos dos caminhoneiros e petroleiros, com o objetivo de
confundir a população brasileira e para defender os seus interesses e do
mercado financeiro.