O
prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN) não compareceu aos dois
eventos marcados para comemorar o aniversário da cidade. Um ocorreu
no Parque Barigui. Nele ocorreu distribuição do bolo de 325 anos. O
outro evento ocorreria no Parque Tanguá, com apresentações
promovidas pela Fundação Cultural de Curitiba, sendo cancelado por
causa da chuva. Greca acabou escapando do protesto de servidores
municipais que, no próximo dia 31 de março, completam 730 dias sem
reajuste salarial.
A
manifestação contra o prefeito foi convocada porque o Plano de
Recuperação da cidade também conhecido como Pacote de Maldades
trouxe prejuízos financeiros e trabalhistas para os servidores
municipais. Além disso, a população também foi prejudica pelo
conjunto de leis aprovados na Câmara Municipal em 2017. Houve
aumento do IPTU, ITBI e a cobrança da taxa de lixo para os mais
pobres.
O
protesto ocorreu no Parque Barigui. Com o lema “325 anos com Greca,
não há o que comemorar”, o Sismuc expôs os resultados
considerados ruins da gestão em áreas como saúde, educação,
infraestrutura e mobilidade urbana. “O que para o prefeito é
comemoração, para os trabalhadores da cidade é uma data triste”,
alerta.
No
material entregue à população, a entidade chama atenção para a
superlotação e falta de profissionais em cmeis. Também destaca os
problemas na saúde que vem afligindo o povo. “A UPA CIC é
referência para a população da Cidade Industrial, Sabará e
Barigui. A atual gestão extrapolou o tempo previsto para reabertura
da unidade que estava em reforma. Diante da urgência da população,
o formato proposto de contratação de profissionais é de
Organização Social (OS), que não oferece condições de bom
atendimento. Com isso, a população local não terá controle sobre
os gastos públicos e a prestação do serviço”.
Presente
de Grego
Em 2017, o prefeito Rafael Greca
anunciou o Plano de Recuperação como medida para equilibrar as
finanças do município. Porém, os ajustes não ocorreram em cima do
empresariado, que teve contratos honrados e reajustados, como a
tarifa técnica do transporte público, ou ainda ganharam mais
dinheiro com a “Zeladoria Municipal” que iniciou uma operação
tapa buracos.
Por
outro lado, os servidores municipais tiveram plano de carreira e
salários congelados. Somado a isso, o prefeito aumentou alíquotas
previdenciárias e de saúde, promovendo perda do poder de compra,
como explica o sindicato. “As pessoas que são responsáveis pelo
atendimento da população estão há exatos dois anos com salários
congelados, sem qualquer ganho. Enquanto isso, a demanda por serviços
públicos apenas amplia neste momento de crise. O serviço público
segue em crise, enquanto as grandes empresas do lixo e do transporte
público seguem tranquilas”.