O Sismuc participou de audiência pública nessa segunda-feira (26) com a secretária municipal da Saúde, Marcia Huçulak. O sindicato questionou sobre trabalho dos agentes comunitários de saúde e contratação de novos profissionais. A entidade também questoinou a quantidade de recursos empregados na pasta e se os valores estão sendo direcionados à terceirização de equipamentos. Por outro lado, a secretária focou as dívidas da área que teriam sido deixadas pela gestão de Gustavo Fruet (PDT).
Pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), apresentaram questionamentos a coordenadora-geral da entidade, Irene Rodrigues, e a coordenadora de Comunicação, Soraya Cristina Zgoda. Em resposta à primeira servidora, Marcia Huçulak e a superintendente executiva da pasta, Beatriz Nadas Battistela, falaram sobre a contratação dos agentes comunitários de saúde (ACS), que atuavam por meio de convênio com o Instituto Pró-Cidadania (IPCC).
A Soraya, a secretária disse que “de longe” a maior parte dos recursos são investidos na rede própria, e não na conveniada, com destaque à folha de pagamento. “Executamos o maior orçamento da história da Secretaria de Saúde, de R$ 1,751 bilhão empenhado. Nominalmente e percentualmente foi maior valor”, declarou ela.
De acordo com a imprensa da Câmara Municipal, em fevereiro de 2017, na primeira audiência pública da atual gestão para prestação de contas da saúde pública municipal, o então secretário, João Carlos Baracho, afirmou aos vereadores que a dívida da pasta chegava a R$ 233 milhões. De acordo com ele, o valor englobava R$ 42 milhões de restos a pagar, R$ 74 milhões sem empenho e R$ 112 milhões de processos internos “que nem chegaram a nossos núcleo financeiro” (leia mais). Em relação aos R$ 20 milhões indicados por Marcia, isso significa que 91% do débito foi equacionado.
UPA CICEm relação à reabertura da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) CIC, com novo modelo de prestação de serviço, questionada por Tico Kuzma (Pros), a secretária da Saúde apontou que o processo está na fase de qualificação das organizações sociais (OS). “Tivemos nove entidades que apresentaram documentação. Estamos colocando um cronograma para maio”, disse. “Se não fosse a liminar”, acrescentou, “a UPA já estava entregue à comunidade”. “Não cabe recurso nesta fase. Mas a gente teme que na segunda fase possa haver recurso novamente dos opositores”, complementou.