Coordenadoria de raça realiza confraternização e organiza ações para 2018

A
coordenação de Raça realiza no próximo sábado (23), às 14h, o encerramento das
atividades do ano. A confraternização vai reunir os integrantes do Grupo de Dança Afro do Sismuc, o qual realiza encontros todos os sábados no
auditório do sindicato. Para 2018, estão previstas mais atividades formativas e
culturais, ampliando o debate sobre a questão racial, e criando estratégias
para combater o racismo e promover a valorização da cultura afro-brasileira.

Formação
Étnica Racial

De acordo com o coordenador
de Raça do Sismuc, Dermeval Silva, o ano de 2017 foi marcado pela formação
realizada pela entidade por meio do Ciclo de Debates e Vivências “Negritude,
Branquitude e Novos Olhares”. Iniciado no mês de março, os encontros
quinzenais, realizados até o mês de dezembro, proporcionaram discussões sobre
política e questão racial, juventude e mulheres negras, mercado de trabalho,
quilombos, quilombolas e resistências à escravidão, saúde, cotas raciais, religiões
de matrizes africanas e, entre outros, manifestações culturais como samba e
capoeira.

O coordenador afirma, ainda, que as formações terão continuidade
com o objetivo de fomentar o debate sobre igualdade de oportunidades e inclusão. “Além da
formação que recebemos através dos nossos colaboradores, isto é, de especialistas
em temas raciais, também vamos investir em atividades que valorizem a arte e
cultura afro-brasileiras. As oficinas de danças afro serão ampliadas e
divididas em dois momentos, ou seja, com o trabalho teórico, resgatando o
histórico da dança no Brasil, e também por meio dos estudos que abordam os conceitos
de corporeidade e corporalidade”, anuncia.

Fórum
Social

Dermeval
lembrou ainda da importância de acompanhar as informações sobre o Fórum Social
Mundial 2018, que acontece de 13 a 17 de março, em Salvador, Bahia. O espaço vai oportunizar a troca de conhecimentos sobre a conjuntura nacional e a
lutas atuais da população negra brasileira. E, para ele, participar do Fórum é estar envolvido com milhares de pessoas que lutam contra a perda de direitos, as desigualdades sociais e contra as políticas neoliberais.

“Nesta conjuntura pela qual passa a sociedade, precisamos ter um
olhar mais voltado para as ações coletivas. A edição desde Fórum tem uma
especificidade que não podemos deixar de informar. No Brasil, 54% da população
é negra e essa parcela da população tem denunciado as piores estatísticas. Os
jovens negros estão morrendo pela ação policial e violência urbana, as mulheres
negras têm os menores salários e convivemos com a sub-representação nos
parlamentos municipais, estaduais e federal. É preciso convocar e envolver a
sociedade neste amplo debate proporcionado pelo fórum para construirmos uma
sociedade mais justa e com mais igualdade social e racial”, convoca Dermeval