Assembleia dos servidores aprova mobilizações contra o “reajuste zero”

Os servidores municipais de Curitiba, reunidos em assembleia nesta
terça-feira(31), avaliaram a proposta absurda do prefeito Rafael Greca(PMN)
para a implementação do índice determinado pela lei municipal da data base. O
Executivo propôs “reajuste zero” e em protesto a esse descaso, a categoria
organizou uma agenda de lutas. Nesta quarta-feira, 1º de novembro, os
servidores realizam ato às 9h na Câmara Municipal de Curitiba(CMC) em repúdio
ao congelamento do salário do funcionalismo. E vão criar uma
comissão permanente voltada para encaminhar ações e protestos durante a agenda púbica do prefeito.

Em notas anteriores à imprensa, a coordenadora geral do Sismuc Irene
Rodrigues enfatizou que nos seus 36 anos de trabalho na prefeitura de Curitiba
é a primeira vez que se depara com a proposta absurda de congelamento de
salários para o funcionalismo público. Ela lembra que durante a reunião de negociação realizada na última
sexta-feira(27), o sindicato apresentou a proposta de índice de 10% para o
cumprimento da data base. Irene explica que chegou-se a esse percentual a partir de cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), realizados a partir de dados do IBGE

“Com base na avaliação do Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA), mais o percentual de ganho real fechamos uma proposta
de 10% de reajuste. Mas também colocamos na mesa de negociação os 38% de perdas salariais
que tivemos com a transferência da nossa data base, que passou do mês de março para o mês de outubro. Agora o que me surpreende é que quatro pessoas que participaram da
mesa de negociação fizeram parte da gestão passada. Como que nesses oito meses
a prefeitura entrou nesse caos e indica agora  o congelamento? questiona Irene.

Reação e pressão
A direção sindical  não aceita a justificativa da prefeitura de que o congelamento foi necessário por conta da redução de receita nas contas públicas.
Para a direção do sindicato, o Executivo já tinha o conhecimento do que iria
fazer a partir do momento  que propôs a transferência da data base. O
congelamento reflete o projeto dessa gestão na prefeitura que, ao invés de
promover a valorização dos servidores de Curitiba, quer acabar com direitos conquistados.

A resposta da gestão sobre o “reajuste zero” veio quatro dias após a segunda reunião
do ano com os sindicato e sem maior profundidade nos estudos sobre os impactos
financeiros. “O Sismuc refutou o reajuste zero e vai denunciar o descaso
da Administração para com os servidores públicos e a sociedade. Vamos acompanhar a
agenda do prefeito e realizar atos de repúdio em todos os eventos”, revela a
coordenadora do sindicato.

A assembleia também ratificou os nomes de Irene Rodrigues e Dermeval
Ferreira para o Conselho de Administração e Fiscal do Instituto Curitiba de Saúde(ICS).
Para o Conselho de Fiscal do Instituto de Previdência dos Servidores do
Município de Curitiba(IPMC), a assembleia aprovou a indicação de Adriana Kalckman.

Agenda

1º de Novembro | Ato na Câmara dos Vereadores | 9h

7 e 8 de Novembro | Ato do Sismuc e comunidade
escolar em frente ao CME (Rua Dr. Roberto Barrozo, 630, Alto da Glória) | Dia 7/11 (a partir das 13h) e dia 8/11 (a partir das 8h)

8 e 9 de Novembro | Ato no Parque Barigui (1º
Seminário Internacional de Administração Pública) | 8h

22 de Novembro | Ato de Abertura do Natal Luz