Pais vão ao Ministério Público contra fusão de Cmei e Escola

Os pais de alunos do
Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Nice Braga, localizado no bairro
Santa Quitéria, protestaram hoje(30) contra a fusão de turmas de crianças
daquele equipamento com estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental
Maria Nicolas, instalada no bairro Vila Izabel. A coleta de assinaturas do
abaixo assinado e da petição online contra a medida termina nesta terça
feira(31). A direção do Sismuc esteve no ato dos pais e apoia o próximo passo
da comunidade escolar, que é enviar documento para Promotoria de Justiça de
Proteção à Educação de Curitiba do Ministério Público do Paraná (MPPR).

De acordo com os
pais, a justificativa da Secretaria Municipal de Educação(SME) para abrigar
cerca de 300 alunos da Escola Municipal no Cmei Nice Braga foi baseada em duas
mentiras. A primeira é a de que o prédio da escola foi pedido pelo
proprietário, mas, após levantamento os pais constataram que isso não ocorreu.
Outra mentira é sobre as salas ociosas, locais onde hoje estão instalados o refeitório,
sala de artes, casa de vivência dos alunos e o laboratório gastronômico. “A prefeitura
quer retirar esses espaços. Empilhar criança no corredor não é a solução para o
problema”, criticou um pai de aluno.

A Luta não para

Após a coleta de
assinaturas da petição online e abaixo assinado, que se encerra amanhã, a
comunidade escolar entrega o documento para a Promotoria de Justiça de
Proteção à Educação de Curitiba MPPR. Os pais de alunos do Cmei alegam
que são solidários aos pais de alunos da escola municipal. E entendem que o
problema não diz respeito apenas ao alojamento das novas crianças, mas na
própria estrutura do prédio, já que denunciam o fato de uma das salas do Cmei ter
pegado fogo, a biblioteca estar sem luz elétrica e de a prefeitura não fazer
manutenção no local. Também afirmam ter realizado mutirão no ano passado para
refazer a pintura do equipamento.

Para a mãe de aluno
Carolina Marzal, os pais protestam para que as crianças não sofram com a perda
da qualidade de ensino, para que a prefeitura disponibilize um espaço para as
crianças da escola e para que realize as obras necessárias nos dois espaços. “O
objetivo é que a unificação não seja realizada da forma como tem sido, ou seja,
imposta. Não existe projeto; não existe licitação. Queremos barrar essa
unificação e posteriormente exigir que seja feita a manutenção nos
equipamentos. A justificativa da SME é que a reforma no Cmei não precisa de licitação
porque vai ser feita com verbas do Núcleo Municipal de Educação para obras
emergenciais. Se tal verba de fato existe, eles que utilizem para fazer
manutenção na escola e no Cmei”, enfatizou.

Assine a petição

De acordo com a
petição online escrita pelos pais de alunos, a Secretaria Municipal de Educação
promoveu a fusão “sem qualquer comunicação ou consulta aos pais”. Os pais
explicam que a medida da prefeitura é “impositiva e unilateral, além de não
primar pelo respeito e transparência aos alunos e alunas da Escola e do Cmei,
aos pais, aos cidadãos e cidadãs”. Além disso, revelam a preocupação com a
perda de qualidade no ensino e com a diferença nos níveis de ensino, já que
crianças de crianças do Cmei passariam a conviver com estudantes da escola de
1ª ao 5ª ano. Clique aqui e apoie a comunidade escolar.