Os
impasses referente a reposição de aulas das greves na educação
infantil não se encerraram. O Sismuc e a Secretaria de Educação
firmaram um acordo para que a reposição ocorra aos sábados. No
entanto, muitas professoras cursam a faculdade de pedagogia, na
modalidade de ensino a distância (EAD), da Universidade Federal do
Paraná (UFPR), em convênio com a Prefeitura de Curitiba. Isso pode
obrigar as professoras a faltarem no curso de formação. Para
corrigir o problema, o sindicato procurou a gestão municipal.
O
pedido da entidade é que as 48 professoras tenham a flexibilização
na forma de reposição das aulas referentes à greve. Os dias
paralisados variam para cada profissional, indo de um a oito dias de
participação no movimento. Uma sugestão é manter a reposição
aos sábados, mas após as provas finais que ocorrem na universidade.
Outra forma é a possibilidade de as professoras fazerem a reposição
trabalhando uma hora a mais por dia dentro dos cmeis.
No
entanto, a Secretaria de Educação tem dificultado o diálogo. O
Sismuc chegou a encaminhar ofício 215, no dia 5 de outubro, para a
secretária Maria Silva Bacila Winkeler, mas não obteve resposta.
Por isso, a entidade compareceu no gabinete da secretária para abrir
a negociação. Recebida pela chefe de gabinete, foi informado que a
Secretaria de Educação deve responder ofício sobre o agendamento
de reunião.
O
sindicato espera agilidade por parte da administração municipal.
Para o Sismuc, é necessário buscar uma saída que valorize as
profissionais e que faça o atendimento das crianças. “Nosso
questionamento consiste em garantir tanto a reposição das aulas
como a formação educacional. Não é correto que a professora falte
no curso de formação para dar aula, nem o contrário. Para nós,
isso é desvalorização e cultura de punição. A gestão sabe que a
ausência no curso gera reprovação do aluno/professor. Além disso,
gera desperdício de recursos públicos”, destaca Juliana
Mildemberg, aluna do curso e professora de educação infantil.