Desmonte de Temer se repete nos municípios

Em maio de 2017, a reunião entre o governo Temer e a
Confederação Nacional de Municípios (CNM) foi marcada pelo pedido de ajuda das
gestões municipais devido à dívida com a Previdência de R$ 75 bilhões.

Mas, ao mesmo tempo, as gestões municipais passaram a apoiar
o desmonte proposto pelo governo federal via reformas (trabalhista e
previdência), além de aplicar o chamado ajuste fiscal, de corte de recursos.
Embora a própria CNM admita, em documento, que não houve, em dez anos, grande
aumento de gastos com o funcionalismo.

Ainda em maio do mesmo ano, os legislativos de cidades como
Curitiba, Colombo, Araucária e outras 26 cidades do Paraná buscam aprovar, às
pressas, com uso de força policial, mudanças na previdência e nos salários do
funcionalismo.

“A gente estava na praça, na rua, num dia de greve, as
pessoas viram que eles iam fazer a aprovação, e fomos para a Câmara. Eles saem
de lá, vão para uma sala fechada e aprovaram, absolutamente sem debate”, afirma
Neide Nóbrega, professora da rede municipal há 11 anos, em Araucária (PR).

Temer piora Assistência Social e Saúde

Em pouco menos de um ano, Temer cancelou programas como a
Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), reduziu investimentos do Programa
Mais Médicos (PMM), prejudicou programas como o Saúde da Família (PSF) entre
outros. Na Assistência Social, o governo federal reduziu em mais de R$ 458
milhões os recursos para co-financiar o Sistema Único de Assistência Social
(SUAS) nos 5.568 municípios brasileiros.