Sismuc é plural e forte: Dividir é enfraquecer a luta

Mais do que nunca é necessária a unidade dos servidores diante da inclusão de Organizações Sociais (OS) na gestão municipal, da reformulação do sistema feita sem debate com a população e o funcionalismo, da ofensiva do capital estrangeiro na saúde, das mudanças no modelo de repasse de recursos federais e da nova Política Nacional de Atenção Básica do governo federal, que mexe com categorias regulamentadas, como a enfermagem e os agentes comunitários de saúde.

Neste cenário de ofensiva a saúde pública, a divisão da luta dos trabalhadores e trabalhadoras é enfraquecer nossa luta e desconsiderar todo um histórico conquistado pelo Sismuc, sindicato que é um patrimônio dos servidores municipais, das trabalhadoras e trabalhadores de Curitiba.

Com a força de nossa mobilização obtivemos conquistas como a regulamentação das 30 horas de trabalho para enfermeiros, enfermeiras e auxiliares de enfermagem; a valorização dos técnicos da área, que tiveram reconhecido o papel social e garantiram maior estabilidade na carreira.

A característica de ser um sindicato que soma diferentes segmentos do funcionalismo municipal não deve ser vista como uma fraqueza. Ao contrário, esta é a grande força e o diferencial do Sismuc. Com essa conformação, temos mais força, impacto e capacidade de mais conquistas.

Quando necessário, o Sismuc articula-se ao lado de guardas municipais, professores, funcionários do fisco de Curitiba, que conformam outros sindicatos municipais. Mas uma coisa é certa: neste momento, gerar divisão e isolamento de profissionais e categorias em sindicatos específicos seria um grande erro.

Neste momento de difícil situação política e econômica no Brasil, abre-se espaço para todo tipo oportunismo, como é o caso da fragmentação de sindicatos, promessas de ganhos econômicos sem lutas etc. Mas são cantos de sereia. Afinal, nenhuma categoria conseguirá sozinha ganhos neste cenário adverso. Dividir para enfraquecer é justamente o que o poder público e a gestão desejam.

Nós, da atual direção do Sismuc, seguimos afirmando a necessidade de participação da base, por meio da organização em coletivos, assembleias gerais e delegados sindicais.

E sabemos que o único caminho são as lutas, formação, comunicação de qualidade e, principalmente, o fortalecimento cada vez maior dos trabalhadores, o que só acontece com a unidade dos trabalhadores e trabalhadoras, e não com a sua divisão.