Michel Temer (PMDB) aumentou o preço da gasolina em até R$ 0,41 por litro. Ao mesmo tempo, liberou R$ 2,1 bilhões em emendas a deputados. Em troca, ele quer que os parlamentares o defendam na votação que define no Congresso se as denúncias de corrupção, apresentadas pela Procuradoria Geral da República, devem ter prosseguimento.
O total de emendas parlamentares por parte de Temer, em 2017, soma R$ 4,1 bilhões. Mais uma vez, o custo do golpe recai sobre o bolso da maioria da população, dos mais pobres, passando pelos trabalhadores formalizados e chegando à classe média.
Está cada vez mais na cara: Temer assumiu a Presidência para “estancar” a sangria das denúncias de corrupção da Lava Jato e para aplicar políticas econômicas que reduzam os salários e benefícios de cada trabalhador – o que ocorreu com a aprovação pelo Senado da reforma trabalhista.
Nesse cenário de impacto imenso das medidas de um governo impopular sobre a maioria da sociedade, ainda é tempo de retomar a ideia de Diretas Já, a exemplo do que trabalhadores e classe média fizeram nos anos 1980.
Edição: Pedro Carrano e Daniel Giovanaz