Denúncias no
jornal do sindicato.
Fotos do
mato alto em volta da carcaça de uma construção.
Pneus
queimados pelos moradores do Jardim Aliança, no bairro do Santa Cândida.
Tudo isso
foi preciso para que finalmente a Unidade de Saúde (US) Jardim Aliança tivesse
as obras concluídas, no que é uma vitória da população local – que precisava se
deslocar para atendimento longe dali.
Isso aponta
que somente a pressão popular traz conquistas, como já havia ocorrido no caso
da US Campo Alegre, na Cidade Industrial.
“Fundamental essa
mobilização conjunta, entre população e servidores, que entendem a necessidade
da saúde pública para os trabalhadores. E, junto a isso, um equipamento em
condições significa melhorias para o servidor público“, define Irene Rodrigues,
da coordenação do Sismuc.
Obra
concluída, mas e os servidores?
Passaram-se
quase quatro anos.
A entrega da obra estava prevista para setembro de 2013. As
obras estavam paradas em uma divergência entre a prefeitura de Gustavo Fruet e
o governo de Beto Richa, que não liberava recursos porque alegava que 72% da
obra estava concluída e o só liberaria os recursos definidos com 90% de conclusão.
O prefeito Greca
retomou as obras em 20 de janeiro, com previsão de conclusão de cem dias – o
que seria para fim de abril de 2017.
Mesmo dois
meses mais tarde, trabalhadores no local garantem que a entrega será nesta
mesma semana.
A
Prefeitura, até o fechamento da matéria, foi consultada sobre duas questões:
1) Data exata de entrega da US equipada para a população;
2) Como será o
deslocamento de servidores públicos para lá – via concurso ou remanejamento.
A resposta foi a seguinte, via assessoria de imprensa da gestão:
“Agora a Secretaria Municipal da Saúde está comprando o material e equipamentos. Quando for instalar os equipamentos, ainda neste semestre, alguns ajustes estão previstos pela Secretaria de Obras. Depois, será feita a estruturação do quadro funcional da unidade”.
E os servidores para o atendimento?
As imagens demonstram finalmente o bom acabamento. Porém, a diretoria do Sismuc questiona quais trabalhadores e equipamentos serão trazidos para a nova unidade.
“O básico, que é a construção do local, finalmente foi feito. Mas agora temos que pensar sobre como será a condição de trabalho e de pessoal na US. Não adianta ‘remendar’ com servidores de outro local”, aponta Soraya Cristina, coordenadora do Sismuc.