Em assembleia unificada nesta terça-feira (27), servidores decidiram encerrar a greve, mas vão se manter em estado de mobilização para dar continuidade aos protestos, lutas e denúncias contra o pacotaço e também para combater as mentiras do prefeito Rafael Greca contra os municipais.
Amanhã, na última sessão plenária antes do recesso parlamentar, os servidores se concentrarão na Câmara Municipal de Curitiba, às 8h, para um ato de escracho contra o vexame da atuação dos vereadores que mudaram o local da votação desses projetos, imprimiram ritmo atropelado (regime de urgência) ao processo, não discutiram a fundo essas questões que são fundamentais na vida dos servidores e nas consequências delas para a população, além da responsabilidade quanto ao uso de força policial desproporcional para reprimir a manifestação das categorias.
“Os vereadores da base governista, que rezam a cartilha do prefeito e traem o interesse público, têm de entender que não se livraram de nós. Continuaremos denunciando as irregularidades e protestando contra os desmandos da administração”, disse a coordenadora geral do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues. “Vão nos ver por lá toda semana. Vereador que não gosta de servidor público, vai ter de nos aturar na fiscalização constante de sua atuação”, completou.
Além do ato de escracho, os servidores decidiram aderir aos atos da greve geral na próxima sexta-feira (30), somando forças à mobilização nacional contra a retirada de direitos, que vem sendo promovida pelo governo federal por meio das reformas trabalhista, previdenciária e pela precarização do trabalho embutida na lei das terceirizações. A concentração em Curitiba será na Boca Maldita, a partir do meio dia.
A assembleia unificada dos servidores públicos municipais também discutiu a necessidade de criação de um observatório para acompanhamento dos gastos da Prefeitura de Curitiba, a ser debatida no âmbito dos coletivos de representantes dos sindicatos por local de trabalho, e também deliberou por se somar à iniciativa do grupo “Primavera Cidadã”, com o intuito de coletar mais de 65 mil assinaturas para um projeto de lei de iniciativa popular que visa reduzir o salário dos vereadores.