Servidores polivalentes, os esquecidos, não têm pauta atendida

No futebol, ser um coringa ou um polivalente é um elogio para
um jogador que se desdobra em várias funções.

Para o servidor público, porém, ser um “faz tudo” é uma
experiência dolorosa.

Na tarde de ontem (29), na mesa específica de negociação
entre polivalentes e gestão, o único avanço, devido à pressão sindical, refere-se
à nomenclatura e possível novo descritivo de função desses servidores.

A reunião contou com a presença de representantes da
Secretaria de Governo Municipal, Secretaria de Recursos Humanos e Secretaria
Municipal de Meio Ambiente.

É uma categoria esquecida, marcada pelo desvio de função,
define Casturina Berquó, coordenadora do Sismuc, daí a importância em trabalhar justamente esses temas que redefinem identidade e função do servidor. 

“Eles perderam a identidade como profissionais”, lamenta Maria
Cristina Lobo, e convoca o segmento para a próxima assembleia no sindicato.

Greca, o novo engavetador?
um item acordado e seis recusados

O único item acordado refere-se à nomenclatura do segmento
dos servidores, explica Casturina Berquó, coordenadora do Sismuc:

“Ficou acertado que vamos reunir a categoria para chegar a um
nome de consenso, que não seja polivalente, e oficializar a Secretaria de
Recursos Humanos. A partir do momento de aprovação, voltamos a discutir o
descritivo de função dos polivalentes, único acordo que conseguimos fazer”, afirma.

Outros seis itens foram recusados pela administração. Entre
os quais a regulamentação das profissões específicas, sob justificativa oficial
de extinção de algumas profissões.

Formação: medidas incompletas

Na parte de formação e capacitação, ao menos a prefeitura ficou de verificar cursos junto ao Instituto Municipal de Administração Pública (IMAP).



Porém, sobre formação geral do servidor, a posição da prefeitura em ata é de que “não há possibilidade de montar salas de aulas no local de trabalho, informa também que o endereço de CEBEJAs para quem tiver interesse em concluir o ensino fundamental e médio”.



Crescimento vertical para os servidores também não foi possível solicitar, segue crescendo apenas o mato dos parques públicos de Curitiba.