Greca inaugura UPA, já inaugurada por Fruet

Nesta segunda-feira(22), o prefeito de Curitiba Rafael Greca e o governador Beto Richa inauguraram  a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tatuquara. A mesma unidade, que funciona 24 horas e é voltada ao atendimento de casos de urgência e emergência, foi inaugurada pelo prefeito Gustavo Fruet em 21 de dezembro de 2016. 

 À época, Fruet declarou “Estamos deixando esta obra concluída, paga e parcialmente equipada, com programação orçamentária pronta para que entre em funcionamento”. Ontem nas Redes Sociais, Greca postou fotos e vídeos com moradores daquele bairro e o seguinte texto: “Aos poucos e dentro das possibilidades, Curitiba volta a ser Curitiba. Inaugurei hoje, junto do governador Beto Richa, a UPA do Tatuquara que terá estrutura e condições para atender a todos com médicos e remédios. Vamos atender urgência e emergência com eficiência, inclusive com a possibilidade de resgate aéreo. Fico feliz em ver as quatro esculturas, os Robolitos, do artista plástico Adriano Ferreira Bohra, que trazem cor e alegria. Isso tudo no dia de Santa Rita, que foi homenageada com um belíssimo e singelo altar”. 
Fama com chapéu alheio 
O prefeito também diz que “são 54 médicos, 177 funcionários e 1,4 milhões por mês para que o povo seja servido com a qualidade de Curitiba”. No entanto, não diz como vai garantir a contratação de médicos e equipe de enfermagem. Além disso, dos projetos de lei enviados pela prefeitura para votação na Câmara dos Vereadores, inclui um específico sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal Municipal. De acordo com a proposta, a limitação das despesas de pessoal em 70% do crescimento da Receita Corrente Líquida (RCL) impede a contratação, ou seja, implica em menos investimentos com servidores públicos municipais.
Sismuc na luta – A direção do Sismuc esteve presente no local  e o coordenador de Formação e Estudos Socioeconômicos do Sismuc, Juliano Rodrigo Marques Soares, explicou que os servidores não puderam nem chegar ao entorno da unidade simplesmente por estarem vestidos com a camiseta da campanha de lutas do sindicato. “Fomos seguidos por viaturas policiais que escoltavam nosso caminhão de som nos ameaçando de prenderem a mim e ao motorista por perturbação do sossego e descumprimento de ordem policial,  mesmo estando a mais de 100 metros da Upa. As  ruas que davam acesso estavam com bloqueio policial e  com um efetivo nunca antes visto pelos moradores da região. Mesmo estando em frente ao Cmei Herondi Silvério com o caminhão de som, longe da UPA, o policiamento nos obrigou a desligar o caminhão”, declarou Juliano. 

O diretor também informou que mais dois coordenadores do Sismuc foram ameaçados e  também enfatizou  que o modelo de gestão da “nova” Upa  é um desserviço para os servidores e usuários. “A coordenadora de juventude Taise Santana foi ameaçada pelo policiamento à paisana. Ela recebeu ordem policial de que se continuasse entregando panfletos na esquina iria constrangê-la na frente de todos. O  coordenador de raça Dermeval Ferreira foi impedido de passar pelo cordão de isolamento feito pelos policiais que dava acesso à rua da Upa por estar vestindo a camiseta da campanha de lutas. Além disso, é preciso ressaltar que a Upa  está toda terceirizada, inclusive a equipe médica,  e com um modelo que já não deu certo nas demais unidades”, enfatizou. 
 #NosfazemosaLUTA!
O coordenador de Formação e Estudos Socioeconômicos do Sismuc, Juliano Rodrigo Marques Soares, esteve presente no local e gravou um vídeo relatando que os servidores não puderam entregar panfletos e nem  fazerem manifestação com uso do caminhão de som durante a “inauguração” do equipamento. Assista ao vídeo do depoimento: