As sinalizações do prefeito
Rafael Greca (PMN) se confirmaram. E os cortes na data-base, no plano de
carreira e na progressão dos servidores transformaram-se em projeto de lei
com 21 itens, com previsão de entrega na tarde de hoje (28) à Câmara de vereadores.
O Sismuc teve contato com o
texto somente após o encerramento da mesa de negociação na parte da manhã. E
considera o encaminhamento e o seu conteúdo antidemocrático. “Não houve discussão anterior
antes de ser enviado à Câmara. Não poderemos debater com os servidores”,
critica Adriana Claudia Kalckmann, da direção do Sismuc.
De acordo com o documento, estão
suspensos procedimentos de transição, crescimento horizontal e vertical, além de planos de carreira previstos em dez
leis municipais.
Outro ponto polêmico se refere
à data-base: uma vez congelada a data base e transferida para 31 de outubro de
2017, de acordo com o PL, servidores questionam como fica o décimo terceiro salário
e se será substituído por uma proposta de “gratificação natalina” sinalizada no
projeto.
“Não temos nenhuma garantia.
Uma vez que o décimo terceiro é pago sobre o nosso último vencimento do
servidor. E esta gratificação natalina é a média mensal. (Em um contexto de congelamento) aí reside a perda dos
servidores”, afirma Adriana Kalckmann.
Servidores vão parar
A direção do Sismuc passou a
tarde concedendo entrevistas à mídia e analisando o conteúdo do projeto. Com o
teor da proposta, a convocatória à paralisação de 50 minutos e assembleia geral
do sindicato, no dia 31 de março (sexta), ganha força e musculatura.
Mais ameaças
Entre as principais críticas do Sismuc, encontra-se também o aumento da alíquota do IPMC para 14%, sendo que anteriormente o índice era de 11%, igual à iniciativa privada. Este item ainda não consta no projeto de lei apresentado, mas já foi divulgado na imprensa.
