Fiscais cobram horas extras, DSR em atraso e melhores condições de trabalho

Reunidos na sede do Sismuc no último dia 09 de fevereiro, os representantes do Coletivo dos Fiscais trataram de temas que dizem respeito a falta de pagamento de horas extras e Descanso Semanal Remunerado (DSR), falta de estrutura e mudanças na rotina de trabalho. Os fiscais também discutiram metas e estratégias de ação e agenda para futuras reuniões com a Prefeitura Municipal de Curitiba, voltadas para debater as pautas específicas da categoria.

Um dos assuntos mais recorrentes na reunião  foi referente ao pagamento das horas-extras e DSR, que não foram pagas nos meses de novembro e dezembro de 2016. O Sismuc fez o debate desta situação na mesa de negociação geral com a PMC, ocorrida no dia último dia 20 de janeiro, para tratar sobre 1/3 de férias,das horas extras e das DSR que não foram pagas a alguns servidores.

“A prefeitura se comprometeu em verificar os problemas, já que o erro deveria ser corrigido no dia 30 de janeiro, mas isso não aconteceu. Em reunião entre fiscais e representante da Secretaria Municipal do Urbanismo e Assuntos Metropolitanos (SMU), que aconteceu no início de fevereiro, os fiscais voltaram a cobrar as horas que não foram pagas. A SMU disse que os problemas seriam resolvidos em fevereiro. No entanto, é importante ressaltar que as horas extras e DSR deste mês também devem ser pagas”, defendeu o coordenador de Administração do Sismuc Giuliano Marcelo Gomes.

Falta de estrutura – Tanto os fiscais do urbanismo, como os fiscais do meio ambiente criticaram os problemas de estrutura para realização dos seus trabalhos. Também falaram sobre procedimentos de trabalho que prejudiquem a sua rotina de atividades ou até mesmo a sua saúde. “Falta Equipamento de Proteção Individual (EPI) e as máquinas digitais – que deveriam ser modernas e avançadas – não estão em boas condições para registro de imagens. O problema não é a máquina em si, mas a qualidade das fotos, já que é o material fotografado é enviado para os relatórios técnicos e muitas vezes a máquina é precária, ou a impressora não funciona e quando funciona a foto sai ilegível, prejudicando a inserção de documentos em processos da fiscalização”, explicou o coordenador do Sismuc.

Mudança de rotina de trabalho nas ruas – A reunião também debateu a rotina de trabalho dos fiscais, que sofrerá alterações. “Ninguém mais vai ficar parado e circulando pelas ruas. O que está em debate é que os fiscais trabalharão em kombis. Há uma série de reclamações dos fiscais em relação a isso, ou seja, essa medida, que afeta a rotina,  não é consenso nessa debate para uma grande parte da categoria”, relatou Giuliano.

Campanha de valorização – A plenária do coletivo dos fiscais também decidiu lançar uma campanha de valorização e mobilização dos fiscais nos locais de trabalho. “ No passado um slogan que foi muito usado é “sem fiscal a cidade vira um caos”. Nesse sentido, o sindicato está aceitando sugestões e reforçando também a importância da participação de todos nos coletivos. O Sismuc também reitera que devido às inúmeras mudanças constantes por parte da nova gestão da Prefeitura, estamos abertos para receber os servidores, dando todo respaldo que venham a necessitar ,principalmente, para coibir a prática do assédio moral, e, nesse caso, amparar o servidor, tendo em vista que foi debatido no coletivo esse problema” denunciou Giuliano.