Encontro do Sismuc analisa cenário para campanha de lutas

O encontro mensal de delegados sindicais do Sismuc foi de
formação para analisar o cenário econômico no Brasil e também a composição da
Prefeitura de Rafael Greca, de início desfavorável para a pauta dos
trabalhadores.

Marilena Silva, ex-presidenta do Sismuc, ao lado da vereadora
professora Josete, forneceu um cenário sobre a composição do secretariado municipal e também da Câmara de Curitiba.

A avaliação é de que se os servidores públicos não “reforçarem
o time”, e se organizarem em massa para a campanha de lutas, vão encontrar dificuldades
na negociação.

Isso porque o caráter do secretariado municipal é de pessoas ligadas a
grupos empresariais, o que alerta para o risco de tentativa de privatização de serviços públicos. 

“O prefeito trouxe quadros importados do governo do estado,
alguns entram em conflito com os servidores na questão da Previdência e da
Saúde (pública), por exemplo”, afirma Marilena Silva.

No caso da Câmara, foi apontado a falta de projeto dos
vereadores. Muitos dos quais eram base do ex-prefeito Gustavo Fruet e
rapidamente se dirigiram à base de apoio de Greca.

“Não há programas colocados. É uma lógica adesista e
pragmática”, afirma a professora Josete, referindo-se, por exemplo, à postura
de Pier Petruziello, líder do atual prefeito, mas que era da base de apoio ao
longo da prefeitura de Fruet.

Trabalho de base 

O economista Fabiano Camargo, do Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PR) abordou no encontro o tema da reforma da
previdência e trabalhista, dentro do atual cenário desfavorável. O Sismuc vem fazendo análises em seus encontros de todas as medidas que impactam os trabalhadores. 

“Esse espaço é importante para a formação do servidor, porque facilita a gente levá-lo para o local de trabalho”, afirma Ivanilda Silva Camargo, representante US Dom Bosco.