Prefeitura publica decreto com recesso de trabalhadores de escola

Conforme o ano vai se encerramento, uma agonia envolve os
profissionais administrativos de cmeis e escolas e os trabalhadores de escola.
Trata-se do recesso de fim de ano. Mesmo atuando na educação, eles não têm o
recesso regulamento em lei, como professores de escolas e centros municipais. A
saída sempre encontrada pela gestão é a publicação de decreto que regulariza as
férias. Foi o que ocorreu ontem (14), com a divulgação do Diário Oficial de
Curitiba.

De acordo com o sistema RH 24 horas, da Prefeitura de
Curitiba, servidores municipais que atuam como apoio nos CMEIs, CMAEs e
Unidades Escolares da Secretaria Municipal da Educação estão autorizados a
fazer recesso escolar no período de 19 de dezembro de 2016 a 1º de janeiro de
2017.

O Decreto 1282/2016 autoriza o recesso para os servidores
dos cargos de Agente Administrativo, Auxiliar de Serviços Escolares, Auxiliar
Administrativo Operacional e demais cargos que atuam como apoio nos
equipamentos.

Embora comemore a publicação do decreto, a coordenadora do
Sismuc Rosimeire Aparecida Barbieri critica a gestão. Ela comenta que nos
últimos quatro anos a categoria reivindicou uma emenda que define a situação.
Para ela, a gestão precisava avançar neste direito. “É uma revolta. Todo dia o
servidor liga perguntando sobre esse decreto. A demora é muito ruim, pois não
permite com que os trabalhadores de escola se organizem com suas famílias para
poderem descansar após ano cansativo de trabalho”, destaca Rose.

Campanha de Lutas
2017

A regulamentação das férias dos administrativos de cmei e
das escolas é um tema que retorna a pauta da campanha de lutas em 2017. Os
trabalhadores querem que eles sejam incluídos na lei que regulamenta o recesso
de fim de ano.

Outra pauta recorrente é o chamamento dos profissionais
aprovados em concurso público. Após o remanejamento ocorrido nas escolas, foi
identificado que há 182 vagas em aberto. O efeito disso é acumulo de trabalho.
Cada profissional fica responsável por cuidar de uma quantidade de crianças
acima do normal.

Para a categoria, a
pressão deve ser exercida também sobre a reformulação do plano de carreira. Com
os novos planos do magistério e dos professores de educação infantil, os demais
profissionais acabaram vendo seu trabalho desvalorizado pela essa gestão.

Por fim, a categoria quer a manutenção do ProFuncionário,
pois entende que ele é fundamental para a capacitação e evolução na carreira.