A gestão Fruet deixa para o futuro prefeito os resultados da ineficiência do seu governo na área de saúde pública. Faltam remédios, materiais básicos para atendimento ao paciente e até materiais higiênicos e de limpeza para uso pessoal dos funcionários.
Também são registrados nas Unidades de Saúde(US) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) uma redução na coleta de exames laboratoriais e adiamento de exames para março de 2017, além da irresponsabilidade do Estado em relação à possível contaminação de profissionais da área da saúde e de pacientes.
A Unidade que apresenta os maiores problemas é a do Bairro Alto, local onde há falta de remédios para doenças que mais acometem os trabalhadores e comunidade em geral, tais como aqueles para o controle da pressão alta e remédios diuréticos para cardíacos.
No caso dos diabéticos o problema é ainda maior, pois inexistem medicamentos e a unidade não tem a “fita destro”, que mede a glicemia (taxa de açúcar no sangue). Também se verifica a ausência de agulhas “vacutaine”, material imprescindível para que não haja contaminação na equipe de enfermagem e tampouco no material coletado do paciente. Além disso, constata-se falta de materiais básicos de higiene como papel toalha, sabonete e papel higiênico.
Controle de HIV só em março de 2017 – Os pacientes que procuram a US Bairro Alto para fazerem coleta de exames laboratoriais, incluindo o de HIV, têm apenas três dias para agendá-la. No entanto, corre-se o risco de nem conseguir fazê-la, já que há um número restrito de senhas distribuídas ao público, que é de apenas 24 por dia para toda aquela região.
Ao todo, 48 exames deixam de ser realizados por semana. Outro problema gravíssimo e que deve ser tratado com maior atenção é o exame CD4 , que possibilita o controle do vírus HIV em soropositivos, o qual está sendo agendado apenas para março de 2017.
Não é só esta unidade que está precarizada. Nas UPA’s o quadro reduzido de funcionários, combinado com falhas na estrutura, comprometem o atendimento à população. O problema também se repete na falta de materiais e desgastes de equipamentos. Não há materiais básicos para o tratamento de curativos, como gaze e algodão. EPI, máscaras, luvas, entre outros, completam essa lista.