Estudantes realizam ato contra reforma do ensino médio

Os estudantes realizam ato neste domingo contra a reforma do
ensino médio proposta pelo presidente não eleito Temer Golpista. A manifestação
convocada para a Praça Santos Andrade, a partir das 15 horas, denuncia a
mudança de rumos na educação por meio de Medida Provisória e sem debate com a
sociedade. Como estratégia de mobilização, os estudantes já ocupam escolas no
Paraná. A primeira delas é o Colégio Estadual Arnaldo Jansen, em São José dos
Pinhais.

Na convocação para o ato com mais de mil confirmações, se
protesta contra a falta de legitimidade do governo de Temer Golpista e o
retrocesso das medidas. “Escolas que não passam por reformas há décadas, sem
portas nas salas de aula, alimentos para a merenda e sequer papel higiênico nos
banheiros. Mas no lugar de investir em melhorias na estrutura escolar, o
governo ilegítimo sugere uma “reforma”, onde o principal objetivo é
cortar gastos. Por isso nós somos contra a medida provisória que propõe um novo
sistema educacional no Brasil”, destaca a chamada para o evento convocado pelo
movimento CWB Contra Golpista.

Especialistas em educação também rechaçam a Medida
Provisória do governo golpista. O secretário de Assuntos Educacionais da
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), Heleno Araújo,
argumenta que a proposta de reforma do Ensino Médio do governo de Golpista fomenta
a privatização das escolas públicas, promove a terceirização da força de
trabalho, principalmente do magistério, e rompe com as diretrizes curriculares
nacionais do Ensino Médio.

A CNTE entrou na última sexta-feira (30) com uma ação no
Supremo Tribunal Federal para derrubar a MP. O PSOL também é um partido que
questiona as mudanças no STF. O ministro Edson Fachiné o relator da Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI 5599) ajuizada pelo partido. No pedido, o PSOL
argumenta que “dispor por medida provisória sobre tema tão complexo, que
claramente não reclama urgência, é Golpista e pouco democrático, por impor prazo
extremamente exíguo para debate que já está ocorrendo nos meios educacionais e,
sobretudo, no Congresso Nacional”, afirma.

Ocupação

Antes do ato deste domingo, os secundaristas têm se
organizado para protestos e ocupações. Ontem (03), os estudantes do Colégio
Estadual do Paraná paralisaram as aulas contra a MP e a PEC 241, que congela
investimentos públicos na saúde, educação e assistência social a apenas a
inflação.

No mesmo dia, os estudantes do Colégio Estadual Arnaldo
Jansen, em São José dos Pinhais, ocuparam as dependências da escola. Eles
reproduzem o movimento que ocorreu em São Paulo, contra o fechamento de escolas
promovido pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).

A ocupação pretende realizar debate sobre os rumos da
educação no país, entre outros temas, como explica a professora de história
Ângela Alves Machado, que trabalhou no colégio em 2015. “Eles estão bem firmes,
decididos e organizados no que estão fazendo. Já estão prontas as comissões que
cuidariam de cada setor, como segurança, alimentação. Também estão organizando
programação cultural e de formação. Vários pais estavam apoiando o movimento,
assim como sindicatos que inclusive já estavam mandando mantimentos”, relata.

Facebook: ato contra o retrocesso na educação

Dispor por medida provisória sobre tema tão complexo, que claramente não reclama urgência, é golpista e pouco democrático